A Amazon subiu o tom da oposição à Microsoft, que ganhou um lucrativo contrato com o governo norte-americano, ao solicitar depoimentos do presidente, Donald Trump, e do Secretário de Defesa, Mark Esper, segundo documentos judiciais.
Em um processo no Tribunal de Ações Federais dos Estados Unidos, a Amazon Web Services pediu a um juiz que permitisse declarações de Trump, Esper, doex-secretário de Defesa Jim Mattis e da chefe de informações do Departamento de Defesa, Dana Deasy.
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A Amazon também está pedindo descoberta judicial, o que significa que a empresa deseja que o governo entregue documentos e e-mails relacionados ao contrato.
A AWS, divisão de computação em nuvem da gigante do comércio eletrônico, perdeu sua proposta de fornecer aos militares infraestrutura de nuvem para a Microsoft em outubro.
A Amazon alega que perdeu o contrato de US$ 10 bilhões porque Trump é pessoalmente contra o CEO, Jeff Bezos. O executivo é dono do jornal “Washington Post”, que, segundo Trump, faz uma cobertura injusta e negativa sobre ele.
O documento cita os tuítes de Trump que atacam Bezos, inclusive um chamando-o de “Jeff Bozo”, e uma passagem de um livro de outubro de 2019 do redator de discursos Mattis, a qual revela uma fala do presidente sobre “arruinar a Amazon” no contrato, como evidência de sua intenção e hostilidade em relação à organização.
O drama em torno do contrato começou antes mesmo das reclamações da Amazon. IBM e Oracle entraram com uma queixa, alegando que o Pentágono era tendencioso em relação à Amazon (ambas as alegações foram eventualmente rejeitadas). Respondendo a essas reclamações, Trump disse que “analisaria” o processo de licitação, de modo a alimentar temores dos legisladores de que o contrato poderia ser adiado.
“O presidente Trump demonstrou repetidamente disposição em usar sua posição para interferir nas funções do governo, incluindo compras federais, para promover seus interesses pessoais”, disse um porta-voz da AWS.
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