A Ambev reportou hoje (27) lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 22% em relação ao mesmo período de 2018, em resultado que mostrou crescimento de volume, mas queda em margens e aumento de custos e despesas, que devem continuar pressionando no primeiro trimestre de 2020.
Em termos ajustados, a fabricante de bebidas apurou elevação de 24,4% no lucro líquido dos últimos três meses de 2019, para R$ 4,6 bilhões.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 6,9 bilhões, queda de 9,3%, com a margem Ebitda ajustado caindo para 43,7% de 47,6% no último trimestre do ano anterior.
“A margem Ebitda foi impactada principalmente pelo maior custo do produto vendido decorrente de preços de commodities e taxa de câmbio significativamente desfavoráveis”, citou a empresa no material de divulgação do balanço.
Analistas esperavam, em média, lucro líquido de R$ 4,2 bilhões e Ebitda de R$ 7 bilhões, conforme dados da Refinitv.
A receita líquida somou R$ 15,86 bilhões, queda de 1% ano a ano, enquanto o volume cresceu 3,4%, para 47,3 milhões de hectolitros.
Apesar da queda no valor reportado, a companhia disse que a receita teve um crescimento orgânico de 5,7%.
A Ambev informou que o custo por produto vendido (CPV) cresceu 11,9% de outubro a dezembro frente ao mesmo intervalo de 2018, refletindo pressões inflacionárias na Argentina, taxa de câmbio e elevação dos preços de commodities.
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As despesas com vendas, gerais e administrativas registraram aumento de 15,2% no último trimestre do ano passado frente ao mesmo período do exercício anterior.
No Brasil, a receita líquida reportada totalizou R$ 8,9 bilhões, crescimento de 2,8%, enquanto o volume aumentou em 4,7%, para 31,4 milhões de hectolitros.
O volume de cerveja no país subiu 1,4%, para 23,6 milhões de hectolitros, com a receita mostrando acréscimo de 1,2%.
PERSPECTIVAS
Para 2020, a Ambev disse que espera continuar enfrentando pressões sobre o custo em Cerveja Brasil, “ainda que em menor intensidade do que no ano anterior, dado que teremos um impacto favorável de commodities”.
A companhia também afirmou que espera retomar o crescimento do Ebitda de Cerveja Brasil no ano de 2020. “Entretanto, no primeiro trimestre de 2020 vamos enfrentar a maior pressão sobre o custo do produto vendido do ano.”
De acordo com a empresa, tal contexto, em conjunto com investimentos em vendas e marketing mais concentrados no início do ano, deve gerar uma redução do Ebitda de Cerveja Brasil entre 17% e 20% no primeiro trimestre de 2020.
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“Ao longo do ano, esperamos que nosso desempenho melhore gradualmente, na medida em que a pressão sobre o custo do produto vendido arrefeça, assim como o faseamento das despesas de vendas e marketing se normalize.”
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