O fundo de hedge do bilionário Paul Singer, o Elliott Management, que tem um histórico de vitórias em disputas por procuração, acumulou mais de US$ 2,5 bilhões de participação no conglomerado japonês SoftBank Group, com o objetivo de pressionar o gigante da tecnologia a fazer mudanças que aumentariam o preço de suas ações, informou o “Wall Street Journal” ontem (6).
O Elliott Management silenciosamente construiu uma participação no SoftBank Group do Japão, agora no valor de mais de US$ 2,5 bilhões, ao que parece para pressionar a recompra de ações e melhorar a governança corporativa, em um esforço para aumentar o preço das ações da gigante da tecnologia, de acordo com o “WSJ”.
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As ações do SoftBank subiram 9% ontem, mas têm tido quedas nos últimos meses, especialmente depois de sofrer grandes impactos em seus investimentos com a perda de startups como a WeWork. Os papéis do SoftBank caíram quase 15% nos últimos seis meses.
O Elliott Management, com sede em Nova York, é um dos maiores fundos de hedge de Wall Street, com cerca de US$ 35 bilhões em ativos sob gestão. A empresa tem um conhecido histórico por influenciar administrações e vencer batalhas por procuração. Foi fundada em 1977 pelo bilionário Paul Singer, famoso por seus negócios de alto perfil e muitas vezes combativos. A Forbes estima seu patrimônio líquido em US$ 3,5 bilhões.
A alta cúpula do Elliot já se encontrou com o fundador do SoftBank, Masayoshi Son, e seus representantes; as discussões entre as duas empresas até agora foram bem, disseram fontes ao “WSJ”.
O Elliot supostamente está pressionando o SoftBank para melhorar a governança corporativa, incluindo mais transparência nas decisões de investimento do Vision Fund de US$ 100 bilhões, além de recompras de ações de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões para ajudar a aumentar o valor de mercado da empresa.
O SoftBank é uma das maiores apostas do Elliott, com o investimento equivalente a cerca de 3% do valor total de mercado do SoftBank (US$ 93 bilhões), disseram fontes ao jornal.
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“Estamos totalmente de acordo em que nossas ações são profundamente subvalorizadas pelos investidores públicos. O SoftBank agradece o feedback de outros acionistas”, disse uma porta-voz da SoftBank ao “Wall Street Journal”.
“O Elliott se envolveu em particular com a liderança do SoftBank e está trabalhando construtivamente em soluções para ajudar a reduzir de forma material e sustentável seu desconto a um valor intrínseco”, disse uma porta-voz do Elliot.
No final do ano passado, o Elliott também teve uma participação ativista de US$ 3,2 bilhões na AT&T. O fundo de hedge enviou uma carta contundente ao conselho da empresa em dezembro, pedindo à AT&T para parar de comprar novos negócios, aumentar seus dividendos, recomprar mais ações e reduzir custos.
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