A tecnologia tem evoluído tão rapidamente que os líderes empresariais podem se sentir confusos na hora de decidir em que investir e quando.
Isso não vai mudar tão cedo.
VEJA MAIS: Como os dados abertos podem revolucionar as cidades
Veja na galeria de imagens a seguir as seis tendências de tecnologia que devem moldar os negócios neste ano:
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Getty Images / sanychss A reviravolta dos dados
Phil Rowley, diretor global de inovação da PHD (rede global de planejamento de comunicações e compra de mídia), acredita que neste ano haverá o surgimento de tecnologias que podem prejudicar o relacionamento entre as empresas e os dados de seus clientes.
À medida que os problemas de informações privacidade avançam ainda mais, ele prevê o amadurecimento da tecnologia de privacidade pessoal, que oferece aos usuários melhor proteção de seus dados e a chance de ocultar sua presença online. Além disso, surgirão APIs (do inglês Application Programming Interface que significa um conjunto de padrões de programação para acesso a um aplicativo de software ou plataforma) abertas, por meio das quais as empresas disponibilizam seus fluxos de dados a terceiros em campos adjacentes, para criar serviços conectados complementares.
“Redes privadas virtuais, as VPNs, e aplicativos móveis que impedem o acesso indevido aos dados, agora têm sido anunciados em meio a novelas de TV, e estamos vendo o surgimento de anonimizadores de informações, o equivalente digital de rabiscar letras selecionadas de uma palavra em caneta, de modo a impossibilitar a identificação de perfil de um usuário”, diz Rowley.
Também há pressão para que empresas e marcas tornem seus dados mais acessíveis, como é evidente no mundo da fintech com o open banking, onde os bancos oferecem aos parceiros acesso a elementos selecionados de seus sistemas de backend, para fornecer serviços mais variados e “horizontais”. Rowley espera que as APIs abertas se movam mais amplamente em outros setores.
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Getty Images / Karl Tapales Inovações de pagamento
Lu Zurawski, gerente de varejo de produtos bancários da ACI Worldwide, prevê que métodos alternativos de pagamento terão um grande impacto nos negócios do Reino Unido no próximo ano. “Com a dificuldade de bitcoin, criptografia e moedas digitais serem distribuídos por ledgers, esses métodos de pagamento alternativos têm mais probabilidade de estarem enraizados nas contas bancárias tradicionais. Esses serviços baseados em contas permitem que o dinheiro seja movido em P2P (formato de rede que descentraliza suas funções visa a transmissão de arquivos), envolvido nos serviços digitais encontrados nos aplicativos de banco móvel”, diz.
Embora o foco principal dos aplicativos até agora tenha sido o setor bancário para consumidores, novas plataformas, como o Tide, estão surgindo para usuários corporativos. “A mudança de cartões para pagamentos diretos por conta pode economizar uma pequena fortuna para as empresas”, diz Zurawski. “Mas exige cuidado ao lidar com novos tipos de fraude com base no roubo de identidade, como hacks por e-mail, golpes de engenharia social e procedimentos de autenticação com vazamento”.
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Getty Images / Photographer is my life Reconhecimento facial
O dinheiro de Rhys David está investido na um pouco controversa tecnologia de reconhecimento facial que vem à tona este ano, com um grande papel na Olimpíada de Tóquio, ao facilitar a entrada nas arquibancadas.
O CEO da plataforma tecnológica B2B Credas diz: “Esta é apenas uma aplicação para uma tecnologia com inúmeras oportunidades. Ainda há alguma resistência em usá-la, no entanto, investimentos substanciais e P&D (pesquisa e desenvolvimento) estão ocorrendo neste espaço, e as coisas só melhorarão. A boa notícia de 2019 sobre o reconhecimento facial foi que o público está ciente e geralmente o aceita”.
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Divulgação / Amazon Conversa inteligente
A Geração de Linguagem Natural (NLG, do inglês Natural Language Generation) é uma tecnologia com a qual todos estamos mais familiarizados. A própria Alexa está indo além de simplesmente responder a solicitações para tocar sua faixa favorita da Beyoncé e agora tem sido testada para responder a pedidos complexos de dados comerciais. A tecnologia NLG trabalha para humanizar essas informações, de modo a ajudar os usuários a entender melhor o que significam insights em um contexto da vida real.
Laura Timms, gerente de estratégia da MHR Analytics, diz: “Por exemplo, um diretor de vendas poderia simplesmente perguntar ‘como estão as vendas do produto A neste mês em comparação com as do B, como um gráfico de barras’ e os dados serão perfeitamente ordenados, conforme solicitado”.
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Getty Images / People Images Computação em borda
No espaço analítico, a computação em borda ou edge computing é a mais nova expressão da moda, definida como uma prática na qual o processamento acontece no local físico (ou próximo) do usuário ou da fonte de dados. A grande quantidade de informações sendo processadas próximas à fonte, não apenas reduz o custo associado ao alto uso da largura de banda da internet, mas também permite que os aplicativos respondam quase instantaneamente, mesmo em locais remotos.
“A computação em borda é mais rápida e confiável devido à sua proximidade com os aplicativos conectados e também mais segura, pois permite que informações confidenciais sejam filtradas”, diz Timms. “É também uma maneira mais barata para as organizações aumentarem suas operações sem precisar investir em infraestrutura cara antecipadamente”.
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Getty Images / imaginave Iluminação de dados obscuros
É importante ficar de olho nas possíveis inovações que essas tecnologias podem trazer, uma vez que, segundo James Hodge, consultor técnico chefe da Splunk (multinacional norte-americana que produz um software para pesquisar e monitorar informações), o verdadeiro problema é as empresas nem sequer terem evoluído totalmente as operações para acessar seus dados.
“Cerca de 63% das organizações do Reino Unido relatam que pelo menos metade de suas informações é ‘escura’, inexplorada e inutilizável. Como resultado, 47% das decisões críticas aos negócios ainda são tomadas pelo ‘instinto’, com os dados que podem embasar essas escolhas nunca sendo vistos”, afirma ele.
Atualmente, as informações são a ferramenta crítica para inspirar inovações, resolver problemas e aumentar a eficiência. À medida que avançam para a nova década, as empresas devem considerar como podem criar uma cultura que esclareça dados nebulosos. “Não fazer isso pode resultar na morte de muitas organizações”, diz Hodge.
A reviravolta dos dados
Phil Rowley, diretor global de inovação da PHD (rede global de planejamento de comunicações e compra de mídia), acredita que neste ano haverá o surgimento de tecnologias que podem prejudicar o relacionamento entre as empresas e os dados de seus clientes.
À medida que os problemas de informações privacidade avançam ainda mais, ele prevê o amadurecimento da tecnologia de privacidade pessoal, que oferece aos usuários melhor proteção de seus dados e a chance de ocultar sua presença online. Além disso, surgirão APIs (do inglês Application Programming Interface que significa um conjunto de padrões de programação para acesso a um aplicativo de software ou plataforma) abertas, por meio das quais as empresas disponibilizam seus fluxos de dados a terceiros em campos adjacentes, para criar serviços conectados complementares.
“Redes privadas virtuais, as VPNs, e aplicativos móveis que impedem o acesso indevido aos dados, agora têm sido anunciados em meio a novelas de TV, e estamos vendo o surgimento de anonimizadores de informações, o equivalente digital de rabiscar letras selecionadas de uma palavra em caneta, de modo a impossibilitar a identificação de perfil de um usuário”, diz Rowley.
Também há pressão para que empresas e marcas tornem seus dados mais acessíveis, como é evidente no mundo da fintech com o open banking, onde os bancos oferecem aos parceiros acesso a elementos selecionados de seus sistemas de backend, para fornecer serviços mais variados e “horizontais”. Rowley espera que as APIs abertas se movam mais amplamente em outros setores.
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