A Disney irá se endividar para levantar dinheiro, de acordo com um comunicado divulgado ontem (19) junto à SEC, a Comissão de Títulos e Câmbios dos EUA, para compensar a perda de receita que sofrerá com o fechamento de parques e atrasos em lançamentos de filmes.
A multinacional, que estava em alta no início do ano com uma bilheteria de US$ 12 bilhões em 2019 e um novo serviço de streaming, perdeu quase um terço do seu valor de mercado no último mês.
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Na semana passada, a companhia decidiu pelo fechamento dos parques Disneyland, Walt Disney World e Disneyland Paris, além dos parques temáticos na Ásia. Somente os parques e resorts domésticos representam 30% da receita operacional da Disney, de acordo com a UBS.
A Disney alertou os investidores, em outra declaração dada hoje, que a empresa estava sendo impactada por todos os lados, com lançamentos e produção de filmes atrasados, cadeias de suprimentos sofrendo interrupções e quedas nas vendas de anúncios.
Com as taxas de juros próximas de zero, Bernie McTernan, analista da Rosenblatt Securities, diz que este é um bom momento para as empresas levantarem dinheiro em caixa. A Disney, em particular, com seu forte balanço patrimonial, está em uma boa posição para fazê-lo, diz ele.
A empresa não divulgou a quantia que buscaria através da oferta de dívida.
A Disney perdeu US$ 78,5 bilhões em valor de mercado da Disney no mês passado. É um começo difícil para o mandato de Bob Chapek como CEO.
Por outro lado, a plataforma de streaming Disney+ pode receber impulso. O serviço já tem mais de 26 milhões de assinantes e um catálogo antigo de filmes que conta com a saga “Star Wars”, títulos da Marvel e clássicos da Disney para recorrer se os planos de produção estiverem em espera. O fato de ser indicado para todas as idades também ajuda: “Se você é um pai tentando entreter uma criança em casa, essa é uma ótima opção agora”, diz McTernan.
Mesmo após a pandemia, a economia do cinema pode ser completamente diferente para a Disney e o restante da indústria. A Universal quebrou sua janela de lançamentos no início desta semana, e há dúvidas sobre se os estúdios tradicionais voltarão a lançar seus filmes exclusivamente nos cinemas.
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