A PepsiCo vai comprar a Rockstar Energy Drinks em um acordo de US$ 3,85 bilhões, segundo várias notícias publicadas hoje (11). O negócio reforça ainda mais o relacionamento existente entre as duas empresas, enquanto a Pepsi compete com rivais como a Coca-Cola para ganhar uma posição maior no mercado de energéticos –de cerca de US$ 13,5 bilhões nos EUA.
O acordo, originalmente relatado pelo “Wall Street Journal”, seria a primeira grande jogada do CEO da PepsiCo, Ramon Laguarta, desde que assumiu o comando em 2018.
A empresa já tem um acordo de distribuição com a Rockstar, mas a aquisição permitirá que a fabricante de refrigerantes faça mais com suas marcas de bebidas energéticas Mountain Dew, além de potencialmente distribuir mais marcas de bebidas energéticas. Segundo a Bloomberg, o acordo deve ser fechado ainda no primeiro semestre de 2020.
O segmento têm sido um ponto fraco tanto para a PepsiCo como para a Coca-Cola, que tem participação na rival Monster. A Red Bull lidera a categoria com mais de 7,5 bilhões de latas vendidas anualmente, segundo a Bloomberg.
“À medida que trabalhamos para ser mais centrados no consumidor e capitalizar com a crescente demanda no espaço funcional de bebidas, esta aquisição altamente estratégica nos permitirá alavancar os recursos da PepsiCo para acelerar o desempenho da Rockstar e desbloquear nossa capacidade de expandir a categoria com marcas já existentes, como Mountain Dew”, disse Laguarta à CNBC.
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Para Russ Weiner, o fundador bilionário da Rockstar, “isso mostra que o sonho americano ainda está vivo e bem”. “E mostra que a Pepsi tem fé no futuro e acredita no que criamos. É uma luz brilhante no meio desta tempestade do inferno”, disse ele à Forbes, referindo-se à turbulência dos mercados.
A Rockstar foi fundada por Weiner em 2001. Na época, ele inovou o produto, vendendo em latas maiores, mas pelo mesmo preço de rivais como Red Bull. Weiner testou 700 receitas de bebidas energéticas antes de escolher a que se tornou o primeiro sabor da marca. A Forbes estimou seu patrimônio líquido em US$ 4 bilhões.
Dono de 85% da empresa, Weiner está embolsando com a transação. Como parte do novo acordo, a PepsiCo concederá a ele cerca de US$ 700 milhões de seus futuros benefícios fiscais associados ao negócio, pagáveis em até 15 anos. “É o momento perfeito da minha vida”, diz ele. “Terei dinheiro suficiente para praticamente fazer o que eu quiser na vida… Administrei esse negócio 24 horas por dia nos últimos 20 anos.”
Weiner diz que é muito cedo para pensar em seus próximos passos, mas sua mãe, Janet, tem grandes planos. A CFO da Rockstar possui 15% da empresa. Weiner diz que sua mãe “dedicará sua vida a ajudar os animais através de resgates de animais” e a proteger a vida selvagem. Isso se encaixa no Yachak Organic da família, que Weiner lançou no final de 2017 como uma alternativa natural ao Rockstar. Os lucros vão para a proteção de espécies ameaçadas e do meio ambiente.
Com os negócios caminhando tão positivamente, Weiner pouco lembra de suas últimas turbulências empreendedoras. Em 2005, a Rockstar tinha um acordo de distribuição com a Coca-Cola. Weiner disse à Forbes em um perfil de 2014 que tinha uma relação turbulenta com os executivos da grande marca, com a parceria acabando em desmoronamento em 2009 e a Rockstar se unindo à rival PepsiCo.
Atualmente, a marca é vendida em 30 países ao redor do mundo. Weiner diz que o acordo com a PepsiCo ajudará a tornar a marca uma “potência global”.
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