O presidente venezuelano Nicolás Maduro foi indiciado pelos promotores federais dos EUA hoje (26) por acusações de “conspiração de narcoterrorismo“, como parte da campanha de pressão do governo Trump para derrubar Maduro após uma eleição altamente disputada em 2018.
Segundo o “New York Times”, as acusações foram reveladas pelo procurador-geral Bill Barr, juntamente com os principais promotores de Miami e Nova York.
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A acusação é de que Maduro e uma dúzia de funcionários do governo em conluio com as Farc, grupos guerrilheiros terroristas colombianos, conspiram para usar a Venezuela em remessas de narcóticos para financiar uma guerra civil de longa data contra o governo da Colômbia, informou o “Miami Herald”.
Além de Maduro, outros funcionários seniores acusados da conspiração são o chefe de justiça e ministro da defesa, segundo o “Times”.
O “Washington Post” informou que Maduro nega as acusações chamando-as de “uma conspiração dos Estados Unidos e da Colômbia” e que, como presidente, “sou obrigado a defender a paz e a estabilidade em toda a pátria, sob quaisquer circunstâncias”.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos está oferecendo US$ 15 milhões por qualquer informação que leve à prisão de Maduro, informou o “Times”.
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Além das acusações de narcoterrorismo e tráfico de cocaína, outros pontos incluíam a posse metralhadoras e conspiração para possuí-las, segundo o Times.
“A tirania de Maduro será esmagada e quebrada”, disse o presidente norte-americano, Donald Trump, em seu discurso no Estado da União em fevereiro.
Os promotores norte-americanos acreditam que Maduro supervisionou um cartel de drogas que pretendia “inundar” o país com cocaína e “infligir os efeitos nocivos e viciantes da droga nos usuários”, informou o “Times”, citando a acusação. O “Post” descreveu a denúncia como uma “forte escalada” nos esforços dos EUA para pressionar Maduro a deixar o cargo e seguir sanções que excluíram a Venezuela do sistema financeiro dos EUA. Maduro chegou ao poder em 2018 após uma eleição presidencial disputada. Seu oponente, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em janeiro de 2019 e foi reconhecido como tal por 60 países. O governo Trump expressou apoio a Guaidó, inclusive em sua tentativa de um levante militar em abril de 2019 contra Maduro.
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