Quando se pensa em lojas físicas de roupas, é impossível ignorar a importância do time de vendedores. São eles que recebem os clientes, exibem os produtos e conduzem as vendas com maestria. A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente o trabalho destes profissionais, que dependem do ambiente físico para manter o seu salário, geralmente composto por um valor fixo e a comissão sobre as vendas do mês.
Com o decreto de fechamento dos shoppings de São Paulo, imposto no dia 18 de março, e com a recomendação de paralisação do funcionamento dos centros comerciais Brasil afora, lojistas se viram obrigados a suspender as vendas presenciais e também os seus funcionários. Muitos deles fizeram da crise e da incerteza um momento para manter o time de vendas motivado e também adotar medidas diferenciadas para as vendas onlines, promovidas via Instagram, e-commerces e até mesmo pelo WhatsApp.
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A empresária Carol Bassi, proprietária de marca feminina homônima, fechou as portas da sua mega butique no Shopping Cidade Jardim, inaugurada no último mês de dezembro. Ela, ao contrário de muitas lojas, não possui um e-commerce e foca as suas vendas online pelo Instagram e Whatsapp. O seu time de 13 vendedoras, que a acompanham há seis anos desde a fundação da marca, permanece todo em casa, assim como todo o restante dos funcionários (motoristas, caixas, assistentes e costureiras). Todos eles com salário integral, pelo tempo que durar a crise.
“Quando começou ‘a história’ de ter que ficar em casa, eu e o Caio Campos [cofundador da marca] começamos a criar outras ferramentas para motivar a equipe. É um baque muito grande sair do ambiente de trabalho, e a gente vinha em uma fase muito boa. Em relação às vendedoras, mantive o fixo e aumentamos a comissão em 50%, que saltou de 3% para 4,5%. Isso estimula a irem mais atrás de vendas. É um momento delicado, as pessoas não estão motivadas a comprar. A pandemia mexe com saúde e com vida, e quando você fala do supérfluo, pode ser um tiro no pé”, explica Carol Bassi.
Para impulsionar as vendas, também proporcionou o frete grátis para todo o Brasil mas ressalta que as compras não possuem previsão para serem entregues: “Mesmo que o Sedex esteja funcionando, eu parei toda a minha estrutura. Então, não adianta eu ter o serviço, mas não ter o staff”, comenta e finaliza, com os pés no chão: “É um momento de muita dificuldade de vender, quem me conhece sabe que eu tenho comercial na veia [ela é herdeira da Guaraná Brasil, confecção fundada nos anos 1970], acredito e faço com amor. Eu coloquei o pé no freio, é um momento para se conectar em outras coisas. Vai ter a hora da venda, a hora de colocar roupa nova e não acho que é o momento para compra, eu estou virando a minha engrenagem porque não é fácil estar com uma loja fechada. Eu estou focada na reabertura, e acho que o empresário que não pensar nisso, vai ficar para trás.”
A Foxton, única marca masculina do grupo Soma (que é proprietário da Farm, Cris Barros, Animale, A.Brand, fyi e Fábula), também tomou atitudes rápidas para manter o time de vendas “na ativa” e adotou o comissionamento coletivo para as vendas do e-commerce, que será repartido igualmente entre o time de 80 vendedores das unidades. Leonardo Ferreira, diretor-executivo da marca, explica: “Nós já praticamos a comissão sobre as venda online com o código do vendedor [onde o cliente pode colocar um código referente ao profissional que o atende] e agora aderimos ao fundo de comissionamento coletivo. A porcentagem das comissões se inicia em 3%, mas temos um programa de incentivos financeiros para os que se destacam e superam metas”.
No caso da Foxton, o fluxo de acessos ao e-commerce aumentou, e Ferreira ressalta o papel fundamental do time de vendas, especialmente em se tratando dos clientes homens: “Homens são menos impulsivos e mais atentos aos aspectos funcionais dos produtos. Temos um cuidado redobrado em informá-los sobre esses atributos. Os vendedores conhecem os clientes e a forma como gostam de interagir. São grandes facilitadores para tornar a nossa base de clientes ativos em multicanal –aqueles que compram online e offline são mais fiéis e consomem tickets mais altos”, conclui.
Confira, na galeria de fotos, ações positivas promovidas por 11 marcas para os times de vendas:
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A.Brand
A marca disponibilizou 10% de desconto para o cliente que usar o código de vendedores em qualquer compra realizada no e-commerce. A orientação é realizar atendimentos via whatsapp e manter a comunicação com as funcionárias levando as novidades da marca, mostrando as ações surpresas da A.Brand e alimentando suas contas pessoais de Instagram com conteúdos criativos.
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By NV
Com o time de vendedoras em casa, a marca disponibilizou o sistema para que elas possam continuar vendendo à distância, mantendo contato com suas clientes e garantindo o valor de comissão sobre as vendas.
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Enjoy
O foco principal da Enjoy é a venda online. Para a equipe de venda a marca está disponibilizando código de 25% e frete grátis, com a comissão dobrada para os vendedores. Além disso, estão disponibilizando conteúdos e bases de clientes para que os vendedores divulguem seus códigos de casa.
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Farm
A Farm optou por um fundo de comissionamento coletivo, que representa 3% do valor total das vendas, que será dividido igualmente entre todas as 1.500 vendedoras. Elas seguem disponibilizando seus códigos que oferecem 25% de desconto e frete grátis.
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Fillity
Durante a quarentena das funcionárias, a marca irá manter a comissão completa das lojas físicas: “Para isso, reestruturamos o nosso e-commerce. A comissão irá possuir o mesmo peso e será atribuída na cota mensal de vendas de cada funcionária”, explica Paulo Dabbur, diretor de marketing da marca.
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Gallerist
A multimarcas ativou o código de vendedor nas compras realizadas no e-commerce, para que desta maneira os funcionários sejam devidamente comissionados. O código do vendedor não apenas identifica o movimento das colaboradoras, mas também garante aos clientes a vantagem do frete grátis. A marca também divulgou em seu perfil do Instagram um víeo com o nome dos vendedores e contato WhatsApp.
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Cia. Hering
A Hering lançou uma ação de apoio às franquias, que hoje somam mais de 650 lojas e empregam mais de 10.000 pessoas. Os clientes podem utilizar cupons referentes às suas lojas favoritas para compras online no site oficial da Hering e parte das vendas do e-commerce serão repassadas às lojas, em forma de comissão para os vendedores.
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Grupo HOPE
As marcas HOPE, de lingerie, e HOPE RESORT, de beachwear e fitness, estão seguindo todas as ordens de restrição e medidas governamentais. Com o fechamento das lojas, as estipularam cupons de descontos para os franqueados darem aos clientes nas compras online. A ideia do Grupo é repassar uma comissão às franquias a cada venda efetuada pela loja online.
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PatBO
Com as lojas físicas fechadas, a forma encontrada de continuar trabalhando com os vendedores foi a ativação de seus códigos nas vendas do e-commerce, de forma que sejam identificados e devidamente comissionados.
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Maria Filó
A equipe de vendas das lojas irá receber a comissão de 1% sobre o acumulado do código do vendedor (para ser utilizado no e-commerce), quantia que será dividida igualmente entre vendedores, gerentes e operadores de caixa. Caso a loja atinja a meta do mês, que foi ajustada para o cenário atual, há bônus de 1% sob as vendas com código do vendedor.
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Oriba
A marca masculina de roupas e acessórios sustentáveis está com time de vendedores atuando por telefone e WhatsApp, e oferecendo a entrega de peças de roupa em casa (para provar). As vendas a partir dos contatos será comissionada. Todos os pedidos serão entregues gratuitamente para todo o Brasil, com delivery no mesmo dia para a Grande São Paulo. Assim, quem quiser apoiar a marca pode o fazer sem correr riscos.
A.Brand
A marca disponibilizou 10% de desconto para o cliente que usar o código de vendedores em qualquer compra realizada no e-commerce. A orientação é realizar atendimentos via whatsapp e manter a comunicação com as funcionárias levando as novidades da marca, mostrando as ações surpresas da A.Brand e alimentando suas contas pessoais de Instagram com conteúdos criativos.
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