A cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, conversou com o CEO e publisher da Forbes Brasil, Antonio Camarotti, sobre como tocar seus negócios durante a crise enquanto enfrentando uma jornada dupla: de executiva e mãe de recém-nascida. A entrevista ao vivo no canal da revista no Instagram aconteceu pouco tempo depois de Cristina ilustrar a já icônica capa da edição 75 da publicação, que trouxe a lista das mulheres mais poderosas do Brasil. Na foto, ela mostrava sua barriga de quase nove meses de gestação.
Cristina entrou no mundo do empreendedorismo de maneira incomum. Antes de fundar o Nubank, ela trabalhava no mundo financeiro e se demitiu no mesmo dia em que ganhou o maior bônus de sua vida. A decisão não foi fácil, mas Cristina foi movida pela vontade de mudar e melhorar seus negócios. “Eu olhava para os produtos e pensava ‘poxa, ninguém quer isso’. E se a gente fizer algo que o cliente realmente precisa?”, ela explicou. Sua frustração se juntou à estabilidade financeira, que tornou a virada possível.
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Foi quando ela viu a possibilidade de participar da criação de uma nova fintech, o Nubank. O uso de design e tecnologia para inovar a experiência tradicional de um banco foi o que atraiu Cristina à pequena equipe –em uma época em que não existiam ainda conceitos como o de fintechs e startups unicórnios.
Para alcançar o sucesso, o Nubank abraçou ideais ignorados pela indústria tradicional, o que Cristina chamou de capitalismo consciente. Desde o desenvolvimento de carreira ao relacionamento com o cliente, sua fintech era inovadora. Hoje, o Nubank é o maior banco digital do mundo, valendo mais US$ 10 bilhões e com mais de 23 milhões de usuários, representando quase 30 nacionalidades.
Da sua criação até seu sucesso atual, a criação do Nubank nunca levantou dúvidas em Cristina. Para ela, seu produto era tão necessário e relevante que não tinha como seu negócio dar errado. “Até hoje a gente não gastou praticamente nada em marketing, e isso mostrou que a gente estava no caminho certo. As pessoas espontaneamente indicavam outros clientes”, ela contou.
Para a cofundadora do banco, esse foi o diferencial, e é daí que vêm todos os grandiosos números atuais. “A gente queria fazer uma diferença no país, e temos um propósito muito claro”, Cristina disse. “As pessoas que você contrata, a maneira que você lança produtos e pensa sobre negócios, como você trata clientes. É autêntico, vem de dentro.”
Atualmente, o Nubank consegue passar pela crise com conforto por conta de sua capitalização de sucesso. O capital da empresa gira independentemente, sem precisar de investimentos de fora. Segundo a executiva, a empresa fechou 2019 com R$ 13 bilhões em caixa. Isso permite que o Nubank garanta o emprego e a produtividade de seus 2.500 funcionários, e que os produtos prometidos continuem chegando a seus milhões de clientes.
No vídeo abaixo, confira a entrevista de Cristina Junqueira na íntegra. Encontre mais conversas ao vivo como essa no canal do Youtube da Forbes Brasil.
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