Para estimar o quanto o coronavírus afetou a fortuna do presidente dos Estados Unidos, analisamos as mudanças no preço das ações relacionadas a cada segmento de seus negócios. Aquelas referentes aos imóveis comerciais caíram claramente, com títulos de várias empresas, incluindo Boston Properties e Vornado Realty Trust, despencando em média 37% de 1 a 18 de março, data em que calculamos fortunas para a lista dos bilionários. Quedas similares reduziram o valor das empresas de hospitalidade, propriedades residenciais e negócios de golfe. Ao utilizar esses declínios como guia, aplicamos descontos aos números de Trump antes da crise do coronavírus e analisamos as alterações com especialistas do setor.
Eric Anton, corretor imobiliário da cidade de Nova York, comenta sobre a queda de US$ 1 bilhão no patrimônio líquido de Trump em menos de um mês. Sua fortuna é avaliada agora em US$ 2,1 bilhões. Segundo ele, o patrimônio certamente mudará de novo, pois todo índice funciona como um eletrocardiograma. Todavia, ele diz que “a análise é boa”.
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Em meio a toda essa turbulência, ainda há espaço para otimismo. Até o final de ontem (1), o mercado acionário subiu 3% desde que a Forbes calculou as avaliações do patrimônio líquido do presidente duas semanas antes. “Meu palpite é que isso será apenas um soluço para ele”, diz Joel Paige, um operador de resort que administrou o Doral, antes de Trump comprar a propriedade.
Veja, na galeria de imagens a seguir, como cada setor dos negócios de Trump foi impactado:
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Gety Images Imóveis comerciais
Antes da crise do coronavírus: US$ 1,9 bilhão
Depois: US$ 1.2 bilhãoO núcleo do império de Trump, que ainda pertence ao presidente, mas seus filhos Eric e Don Jr. administram no dia a dia, permanece ligado a propriedades comerciais. Antes do coronavírus interromper operações, essas propriedades valiam cerca de US$ 1,9 bilhão após a dedução da dívida. Em 18 de março, esse número chegava a US$ 1,2 bilhão. Parte do problema é que Trump possui 38.100 metros quadrados de imóveis de varejo perto da Quinta Avenida, em Manhattan, tipicamente um movimentado corredor do setor. Atualmente, a região se parece com uma cidade fantasma virtual e o espaço para escritórios também não aparenta ser um investimento seguro, especialmente se a experiência de home office nos Estados Unidos provar ser bem-sucedida.
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Gety Images Imóveis residenciais
Antes da crise do coronavírus: US$ 235 milhões
Depois: US$ 148 milhõesAlém de participações comerciais, o presidente possui mais de 500 unidades residenciais em todo o país. O isolamento aconteceu tão rapidamente que ainda não existem muitos dados sobre vendas de imóveis, de modo a dificultar a determinação de quaisquer valores. “É improvável que os compradores façam o maior investimento financeiro de sua vida por meio de um tour virtual”, diz Jonathan Miller, especialista em imóveis residenciais de Nova York. Os mercados públicos, no entanto, apontam para valores em declínio. Os preços das ações de cinco proprietários de apartamentos caíram mais de um terço, em média, de 1 a 18 de março.
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Gety Images Participações em hospitalidade
Antes da crise do coronavírus: US$ 107 milhões
Depois: US$ 38 milhõesA situação é ainda mais terrível para as propriedades de hospitalidade do presidente. O conglomerado Trump Organization estava tentando vender seu hotel em Washington D.C., mas esses planos agora estão suspensos. As empresas do magnata demitiram mais de 550 funcionários, segundo o “Washington Post”.
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Gety Images Licenciamento e gerenciamento de hotéis
Antes da crise do coronavírus: US$ 80 milhões
Depois: US$ 42 milhõesDurante uma conferência de imprensa da Casa Branca em março, o presidente Trump respondeu a uma pergunta sobre o efeito do coronavírus em seus negócios: “Estou com pouquíssimas dívidas, então, isso é bom”. Porém, isso não necessariamente se aplica ao hotel de D.C. ou ao resort de golfe do político em Miami. O Deutsche Bank entregou ao empresário US$ 170 milhões para reformar o Trump International Hotel e outros US$ 125 milhões para serem investidos no Trump National Doral em Miami, que produziram US$ 9,7 milhões em lucros de 2018 (medidos como lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). “Parece bastante endividado”, diz o analista de hotelaria Dan Wasiolek.
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Gety Images Campos de golfe
Antes da crise do coronavírus: US$ 271 milhões
Depois: US$ 217 milhõesO impacto no portfólio de campos de golfe de Trump depende muito do tempo durante o qual a economia se mantém fechada por conta do coronavírus. A boa notícia para os investidores do setor é que é fácil se distanciar socialmente nesses espaços. A má notícia é que clubes caros não tendem a se sair bem em recessões. “A primeira coisa que é cortada neste momento é o orçamento do golfe”, diz Jeff Davis, diretor gerente da empresa de corretagem de golfe Fairway Advisors. O valor dos negócios de Trump, estimados em cerca de US$ 271 milhões no início de março, caiu cerca de 20%.
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Gety Images Troféus e outras propriedades
Antes da crise do coronavírus:US$ 348 milhões
Depois: US$ 295 milhõesMar-a-Lago, o clube mais famoso do presidente, pode estar se saindo melhor do que o restante desses espaços, apesar de ter sido notícia por hospedar pessoas que mais tarde testaram positivo para o coronavírus. Isso ocorre porque este local é mais valorizado como o troféu de um bilionário do que um negócio operacional, o que parece protegê-lo do impacto da atual crise.
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Gety Images Dinheiro
Antes da crise do coronavírus:< US$ 160 milhões
Depois: US$ 160 milhõesA parte com melhor desempenho do portfólio do presidente é sua pilha de dinheiro. O político se desfez de suas ações há muito tempo e agora mantém cerca de US$ 160 milhões seguros em suas contas. Parecia um investimento ruim nos últimos anos, com o mercado de ações disparando e o presidente perdendo os ganhos. Mas hoje, parece uma ótima saída.
Imóveis comerciais
Antes da crise do coronavírus: US$ 1,9 bilhão
Depois: US$ 1.2 bilhão
O núcleo do império de Trump, que ainda pertence ao presidente, mas seus filhos Eric e Don Jr. administram no dia a dia, permanece ligado a propriedades comerciais. Antes do coronavírus interromper operações, essas propriedades valiam cerca de US$ 1,9 bilhão após a dedução da dívida. Em 18 de março, esse número chegava a US$ 1,2 bilhão. Parte do problema é que Trump possui 38.100 metros quadrados de imóveis de varejo perto da Quinta Avenida, em Manhattan, tipicamente um movimentado corredor do setor. Atualmente, a região se parece com uma cidade fantasma virtual e o espaço para escritórios também não aparenta ser um investimento seguro, especialmente se a experiência de home office nos Estados Unidos provar ser bem-sucedida.
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