Em entrevista ao vivo a Antonio Camarotti, CEO e publisher da Forbes Brasil, no Instagram, Renata Vichi conversou um pouco sobre como a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus está afetando seus negócios. Renata é CEO do Grupo CRM, que inclui marcas como Kopenhagen e Brasil Cacau, e falou sobre a atual situação do mercado de chocolates, principalmente após a Páscoa.
A executiva começou contando como foi o feriado para a empresa, que nos 24 anos de gestão do Grupo CRM, viu seu faturamento subir de R$ 30 milhões para R$ 1,5 bilhão. O planejamento para a Páscoa começa com 12 meses de antecedência, e franqueados compram seus produtos em agosto. Como a crise tomou o mercado muito rapidamente, Renata teve de agir com velocidade. Com mais de 850 lojas físicas e apostando muito na experiência presencial do consumidor, a CEO percebeu que não poderia negar a crise: ‘Ou a gente enfrentava aquele fato brutal ou aquele fato brutal nos enfrentava.”
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Em uma reestruturação rápida, a solução que Renata encontrou foi criar um comitê de crise. “Transparência e lealdade são fundamentais principalmente com a nossa rede”. Ela foi honesta com franqueados, principalmente aqueles que se viram obrigados a fecharem suas portas, e os ajudou na medida do possível. No entanto, algo fundamental para o bom funcionamento de seus negócios foi a permanência de seu objetivo inicial: “A Páscoa precisa acontecer, o compromisso é também com os nossos consumidores”. Renata apostou na comunicação clara com clientes e funcionários.
Após estabelecer sua série de prioridades, o próximo passo foi criar planos concretos. Ela começou ajudando os franqueados com sistemas de delivery. A adaptação ao e-commerce não foi fácil, e a CEO explicou que teve de se programar para atender 4 milhões de consumidores esperados no ambiente online. Com comunicação eficiente, objetivos claros e adaptação rápida, o Grupo CRM foi capaz de vender 85% de seus produtos da Páscoa. Renata explicou que no começo da crise, a empresa acreditava que o resultado final seria um giro de apenas 40%.
Um dos motivos para esses resultados foi o reconhecimento da importância do e-commerce. A loja online vendeu em uma semana o equivalente ao faturamento de dois anos. Para Renata, esse sucesso vem com a aceitação e adaptação à imprevisibilidade da crise, “A gente trabalha em uma situação de pouca previsibilidade, revisa nosso planejamento de instante em instante.”
Uma de suas mudanças, por exemplo, foi ajudar o franqueado mesmo com o e-commerce. A maioria dos produtos sai de estoques das pequenas lojas físicas, não de grandes depósitos, como uma maneira de ajudar os menores negócios da rede.
Confira no vídeo abaixo a entrevista completa de Antonio Camarotti com Renata Vichi para a Forbes Live. Você encontra mais conversas ao vivo como essa no canal da Forbes Brasil no Youtube.
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