A holding especializada em telecomunicações Verizon chegou a um acordo hoje (16) para comprar a BlueJeans, empresa de videoconferência rival do Zoom, pois pretende competir em um setor que se beneficia de um número sem precedentes de profissionais trabalhando em casa.
A Verizon pagará menos de US$ 500 milhões pela empresa, e o acordo deve fechar no segundo trimestre de 2020, segundo relatado por fontes ao “Wall Street Journal”.
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Como os funcionários remotos confiam nas ferramentas da web para se conectar durante a pandemia, serviços como Zoom, Slack e Microsoft têm sido muito procurados: a mais recente aquisição da Verizon mostra que ela também está tentando capitalizar essa tendência.
A operadora de telefonia móvel disse que pretende usar a BlueJeans –que tem mais de 15 mil clientes– para ajudar as empresas a desenvolver serviços como telessaúde, plataformas de educação on-line ou ferramentas de treinamento remoto.
A rival do Zoom está mais focada nas empresas do que nos consumidores, de modo a oferecer videoconferência criptografada por um determinado preço. Em contrapartida, serviços rivais como Zoom e Skype são de uso gratuito.
A companhia, com a qual a Verizon entrou em discussões no ano passado, conta com o Facebook, LinkedIn e Zillow entre seus clientes.
A BlueJeans se tornará “profundamente integrada” às ofertas 5G da Verizon e como concorrente do Zoom, também tem apresentado um número crescente de usuários desde o início da pandemia de coronavírus.
“Ao passo que a forma como trabalhamos continua a mudar, é absolutamente essencial que as empresas e os clientes do setor público tenham acesso a um conjunto abrangente de ofertas prontas para organizações, seguras e sem atritos e que se integrem às ferramentas existentes”, afirmou o CEO da Verizon Business, Tami Erwin, em um comunicado à imprensa.
As ações da Verizon aumentaram em 1,3% com as notícias, e as do Zoom caíram mais de 1,2%.
Como o Zoom rapidamente se tornou uma das ferramentas mais populares de videoconferência para funcionários que trabalham em casa, a empresa enfrentou uma reação negativa do público por aparentes problemas de privacidade e segurança em sua plataforma. Algumas organizações, como o Departamento de Educação da cidade de Nova York, proibiram os trabalhadores de usar o serviço em vista dos relatos. “Vemos uma oportunidade em nosso canal de distribuição”, disse o CEO da Verizon, Hans Vestberg, na CNBC, quando questionado sobre a concorrência com plataformas como o Zoom.
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