A Johnson & Johnson informou ontem (20) que deixaria de vender seu talco para bebês nos Estados Unidos e no Canadá, dizendo que a demanda pelo item caiu após o que chamou de “desinformação” sobre a segurança do produto em meio a uma enxurrada de desafios legais.
A J&J enfrenta mais de 19 mil ações judiciais de consumidores alegando que seu talco causa câncer devido à contaminação com amianto, um conhecido agente cancerígeno. Muitas das ações estão pendentes em um juiz distrital dos EUA em Nova Jersey.
LEIA MAIS: Índice de comércio da OMC atinge mínima recorde em meio ao surto de Covid-19
Em seu comunicado, a J&J afirmou que “continua firmemente confiante na segurança de seu talco para bebês”, citando “décadas de estudos científicos”.
A J&J enfrentou um intenso questionamento sobre a segurança de seu talco infantil após uma reportagem investigativa da Reuters em 2018 constatar que a empresa sabia há décadas que havia amianto em seu talco.
O artigo da Reuters provocou uma forte queda das ações que eliminou cerca de US$ 40 bilhões do valor de mercado da J&J em um dia e criou uma crise de relações públicas, com o conglomerado enfrentando amplas questões sobre os possíveis efeitos na saúde de um de seus produtos mais emblemáticos.
A Johnson & Johnson disse ontem que havia parado de enviar o talco quando a crise da Covid-19 limitou as compras e a produção, e que agora diminuiria as vendas na América do Norte.
LEIA TAMBÉM: TikTok faz sucesso nos EUA, e executivo da Disney assume como CEO
“A demanda pelo talco da Johnson na América do Norte vem caindo devido, em grande parte, a mudanças nos hábitos dos consumidores e alimentadas por desinformações sobre sua segurança e por uma constante enxurrada de publicidade sobre as ações contra o produto”, afirmou em comunicado. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.