A Anglo American, uma das maiores mineradoras do mundo, fechou um contrato de compra e venda de energia renovável de longo prazo com a Casa dos Ventos, especializada em projetos do tipo no Brasil.
A mineradora será sócia dos parques eólicos de Rio do Vento (504 MW), no Rio Grande do Norte, operação que vai tornar a unidade brasileira a primeira do grupo no mundo a ser autoprodutora de energia.
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A parceria representa o maior volume de compra de energia renovável entre um consumidor final e um gerador no Brasil: serão 95 MW médios. O acordo, que tem prazo de 20 anos a partir de 2022, será responsável pelo fornecimento de cerca de 30% de toda a energia consumida pelas plantas da mineradora no país.
“Desenvolvemos um modelo novo, em que assumimos os riscos da construção e da operação do projeto e, uma vez que ele comece a operar, o cliente pode exercer a opção de se tornar sócio da usina e se tornar autoprodutor”, explica Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos. Ao se enquadrar como autoprodutor de sua energia, as empresas reduzem seus custos com a isenção de encargos setoriais.
A Rio do Vento, localizada nos municípios de Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo, Ruy Barbosa e Bento Fernandes, consumiu investimentos de R$ 2,4 bilhões de oito Sociedades de Propósito Específico (SPE), sendo três destinados ao atendimento da Anglo American, o que viabiliza acordos com empresas de portes e setores diferentes.
Recentemente, a Casa dos Ventos anunciou outros dois contratos para o mesmo projeto: a multinacional brasileira de tecnologia Tivit e a fabricante de calçados Vulcabras Azaleia. A operação comercial está prevista para o segundo semestre de 2021.
A Casa dos Ventos está de olho na expansão do complexo eólico e já iniciou as negociações da expansão de Rio do Vento. Na segunda fase (Rio do Vento II), o empreendimento terá sua capacidade instalada dobrada, atingindo mais de 1 GW e tornando-se um dos maiores do mundo. ” Os ventos que sopram na região são intensos e constantes, característica que nos permite trabalhar com contratos e tarifas muito mais competitivas”, diz Araripe.
Além da duplicação, a companhia estuda a hibridização do projeto, unindo duas fontes limpas e renováveis: vento e sol. “Na segunda fase, vamos aproveitar toda a estrutura da primeira e ter um único cluster mais competitivo e com operação otimizada”, conclui o executivo.
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