O impacto negativo da crise provocada pelo novo coronavírus nas micro e pequenas indústrias (MPI’s) paulistas parece estar arrefecendo. A boa notícia foi constatada na edição de julho do Boletim de Tendências das MPI’s do Estado de São Paulo, levantamento encomendado pelo SIMPI – Sindicato da Micro e Pequena Indústria ao Instituto Datafolha.
Se, no meio de abril, 64% das empresas da categoria diziam enfrentar uma situação financeira ruim ou péssima, no fim de julho esse índice caiu para 31%. Ao mesmo tempo, houve um aumento considerável na parcela de empresas que julgam atravessar uma boa fase no que diz respeito às finanças: de 9% para 31% no mesmo período.
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Ao analisar as categorias separadamente, o levantamento indica que as micro indústrias sofreram mais do que as pequenas. No caso das primeiras, 29% alegam estar em boa ou ótima situação financeira, 39% regular e 33% ruim ou péssima. Já nas pequenas indústrias, os índices são de 42% (ótima ou boa), 33% (regular) e 24% (ruim ou péssima).
Quando a referência é o faturamento, a comparação foi feita entre o fim de junho e o fim de julho. Na primeira, 18% das empresas ouvidas disseram que as vendas haviam melhorado, enquanto 53% alegaram não notar diferença e 28% indicaram queda. Já no mês seguinte, essas proporções foram de 27% (melhora), 49% (igual) e 24% (piora).
O boletim também analisou o cenário de crédito no contexto da crise. Segundo o documento, 76% das MPI’s não tiveram acesso a nenhum recurso do tipo durante a pandemia. Entre as que conseguiram, 16% recorreram a crédito de capital de giro e 6% a linhas de empréstimo a que já tinham direito antes da pandemia.
Já a taxa de empresas funcionando normalmente voltou a crescer e chegou ao final do julho no maior patamar desde o início de maio. Na Grande São Paulo, essa estatística passou de 29% para 40%, praticamente se equiparando ao interior, onde oscilou de 41% para 43%.
No que diz respeito ao risco de falência nos próximos 30 dias, 9% das empresas disseram que estão sujeitas ao fechamento das portas – índice que já chegou a 16% no início de junho. A mesma proporção alegou risco de recuperação judicial.
O levantamento ouviu 260 empresas de setores variados, como construção civil, têxtil, bebidas e alimentos, metalúrgico, mobiliários e outros.
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