Depois de muito alarde, a LVMH, maior conglomerado de luxo do mundo, anunciou que não vai concluir sua aquisição da famosa joalheria norte-americana Tiffany & Co., citando em parte uma ameaça de tarifas sobre produtos franceses que chegam aos Estados Unidos, enquanto a joalheria está processando a LVMH por violação de suas obrigações.
Após especulações sobre o negócio, o grupo de luxo francês LVMH concordou em comprar a Tiffany por um valor recorde de US$ 16,2 bilhões em novembro do ano passado, aumentando seu portfólio crescente de marcas norte-americanas.
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No entanto, em um comunicado divulgado hoje (9), o conselho da LVMH voltou atrás na decisão em parte com base em uma carta do Ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, pedindo ao grupo para adiar sua aquisição até 6 de janeiro de 2021, após uma ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas sobre produtos franceses.
O grupo, de propriedade do homem mais rico da Europa, Bernard Arnault, acrescentou que a Tiffany solicitou a extensão do acordo de fusão de 24 de novembro a 31 de dezembro de 2020. Como resultado, o conselho disse que manteria o acordo e a data de fusão original, e concluiu que não iria adiante com o negócio.
Enquanto isso, a Tiffany entrou com um processo em Delaware, ordenando que a LVMH conclua a transação e rejeitando as alegações da LVMH de que pode contornar a aquisição acusando a Tiffany de violar os termos do acordo.
A Tiffany acrescentou que decidiu estender a data do acordo de fusão para permitir que a LVMH obtenha a aprovação antitruste, o que ela afirma que o grupo de luxo ainda não fez nas jurisdições necessárias.
Desde o anúncio hoje, as ações da Tiffany caíram 13% nas negociações de pré-mercado, enquanto as ações da LVMH caíram 0,9%.
A LVMH afirmou em comunicado: “O conselho decidiu cumprir o Acordo de Fusão assinado em novembro de 2019 que prevê, em qualquer caso, um prazo de encerramento até 24 de novembro de 2020 e registra oficialmente que, tal como está, o Grupo LVMH não será capaz de concluir a aquisição da Tiffany & Co.”
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