Assumir a direção de qualquer grande companhia sempre é um desafio. O que dizer quando isso ocorre em uma empresa octogenária que mantinha o mesmo comando havia 22 anos – e um mês antes de uma crise global.
Essa foi a prova de fogo do paulistano Luiz Henrique Caveagna, de 51 anos de vida e 37 de Termomecanica, metalúrgica onde entrou em 1983 como office boy (e que em 2019 teve receita bruta de R$ 1,46 bilhão.)
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Como foi encarar a pandemia logo de cara?
Assumir a diretoria geral da Termomecanica [fundada por Salvador Arena, em 1942, na Mooca, SP], por si só, já é um grande desafio em minha vida profissional. Agora vou atuar mais do que nunca com altruísmo, fortalecendo nosso capital humano, que sempre foi a grande riqueza da organização.
Qual era a expectativa para 2020 no início do ano? E agora?
Tivemos um primeiro trimestre com crescimento de 11,5% em relação ao ano passado. Aí veio a pandemia. A produção não foi paralisada, especialmente pelo fato de produzirmos itens essenciais para as estruturas hospitalares de
campanha. Para 2020, esperamos uma queda de 9% no volume de venda total, puxado pelo recuo de 12% no mercado interno. As vendas ao mercado externo devem crescer em torno de 14%, puxadas pelo mercado americano.
Quais foram as principais ações da empresa na pandemia?
Os investimentos de R$ 300 milhões previstos para o triênio 2019-2021 foram mantidos. Além disso, aproveitamos a ociosidade da fábrica para treinar a mão de obra. Não houve demissões. Também anunciamos a implantação do Centro de Distribuição na Carolina do Norte (EUA) para ficarmos mais perto de um dos nossos principais mercados.
Reportagem publicada na edição 79, lançada em agosto de 2020
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