A Huawei planeja vender a unidade de smartphones de baixo custo Honor em um acordo de 100 bilhões de iuans (US$ 15,2 bilhões) com um consórcio liderado pela distribuidora de aparelhos Digital China e pelo governo de Shenzhen, afirmaram fontes com conhecimento do assunto à Reuters.
Restrições impostas pelo governo de Donald Trump contra fornecedores da Huawei forçaram a segunda maior fabricante de celulares do mundo a se concentrar em aparelhos mais sofisticados e orientados a uso corporativo, afirmaram as fontes.
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O acordo também indica pouca expectativa de qualquer mudança na avaliação dos Estados Unidos sobre a empresa após a eleição que terminou com a vitória do democrata Joe Biden sobre Trump, disse uma das fontes.
O negócio, todo em dinheiro, vai incluir quase todos os ativos da Honor, incluindo marca, recursos de pesquisa e desenvolvimento e gestão de cadeia de fornecedores, disseram as fontes. A Huawei pode anunciar o acordo já no domingo (15), afirmou uma das fontes.
Representantes da Honor não comentaram o assunto. Huawei, Digital China e o governo de Shenzhen, cidade chinesa que abriga a sede da empresa, não estavam imediatamente disponíveis.
“Parece ser uma ação drástica uma vez que a Honor é altamente complementar ao portfólio de smartphones da Huawei”, disse Nicole Peng, vice-presidente de mobilidade da empresa de pesquisa de mercado Canalys.
A Huawei criou a Honor em 2013. A venda da divisão significará que a Honor não será mais sujeita às sanções impostas por Trump contra a Huawei, disseram analistas.
Os aparelhos de marca Honor foram responsáveis por 26% das vendas de 51,7 milhões de celulares da Huawei no trimestre de julho a setembro, segundo estimativas da Canalys. (Com Reuters)
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