De origem gaúcha, o Fogo de Chão nasceu em Porto Alegre em 1979 e, com o passar dos anos, expandiu os negócios em solo brasileiro e no exterior. Atualmente, são 56 restaurantes: 44 nos Estados Unidos, quatro no México e dois no Oriente Médio.
Em 2017, o faturamento foi de mais de US$ 300 milhões, com margem de lucro de 30% para cada restaurante. A rede foi vendida por US$ 560 milhões para um fundo de private equity no início de 2018 e, desde então, não divulga faturamento. Em 2019, foram consumidas 1.010 toneladas de carne nos seis endereços do Brasil; nos EUA, foram 4.300 toneladas.
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Com 33 anos de carreira, Paulo Antunes, country manager desde julho de 2019, explica as estratégias para sobreviver à pandemia.
Forbes: Como o Fogo de Chão lidou com a pandemia desde o início?
Paulo Antunes: Antecipamos o lançamento do nosso serviço de delivery em parceria com o iFood. Era um projeto que já estava em fase de planejamento antes da pandemia, e agora é um canal que veio para ficar. Outro destaque foi o lançamento do nosso serviço de delivery de carne in natura, o Fogo Butchery, que permite ao cliente dar seu toque pessoal ao churrasco. Além disso, aderimos às campanhas sociais com doação de verba ao Fundo Emergencial para Saúde, que beneficiou instituições como a Fiocruz.
Forbes: Qual é o principal desafio hoje?
PA: É planejar e executar estratégias em tempo de incertezas. Para tanto, é necessário exercitar resiliência, flexibilidade e capacidade de reação para minimizar ao máximo os impactos da crise. A natureza da crise é de volatilidade, na qual cada dia é completamente diferente e, portanto, tudo se volta ao curto prazo. O Fogo de Chão, no entanto, é uma empresa que tem sempre o olho no futuro. Tal cultura nos permite, além de manejar os efeitos de curto prazo, planejar o crescimento. Neste momento, é ainda mais essencial liderar as transformações de maneira assertiva.
Forbes: Como a experiência do buffet foi alterada com os protocolos atuais?
PA: As saladas agora podem ser servidas à mesa, bem como os acompanhamentos. O cliente também pode se aproximar do buffet e solicitar ao atendente que faça o prato de saladas. Além disso, começamos a servir o rodízio em espaços ao ar livre, como na unidade de Botafogo, no Rio, que tem um belíssimo deck com visão privilegiada da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar. Isso tem encantado os clientes.
Forbes: Como a marca sai fortalecida do pico da crise?
PA: Inovação e transformação foram as palavras mais citadas no pico. Quem não inovou ficou para trás. As novidades trazidas com a crise são o nosso maior legado. O segredo, sempre, é trazer diferenciais ao público, tanto no delivery quanto no salão.
Qual deve ser o resultado de 2020 e a expectativa para 2021?
PA: O resultado será positivo. Das 56 lojas ao redor do mundo, apenas duas unidades foram fechadas – e elas já estavam nos planos de serem relocadas. Estamos em busca dos novos locais em SP e RJ. Para 2021, esperamos retomar o nosso crescimento anual de dois dígitos e voltar a investir na expansão.
Reportagem publicada na edição 81, lançada em outubro de 2020
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