O Tesouro Nacional prevê que a parcela da dívida pública a vencer em 12 meses seguirá elevada em 2021, mas afirma que começará o ano com um colchão de liquidez de R$ 881 bilhões, suficiente para fazer frente a suas obrigações por pelo menos seis meses.
As informações constam do Plano Anual de Financiamento de 2021, divulgado hoje (27).
A meta do Tesouro é que a dívida pública federal feche este ano no intervalo de R$ 5,600 trilhões a R$ 5,900 trilhões, depois encerrar dezembro de 2020 em R$ 5,010 trilhões.
A meta é que parcela da dívida vencendo em 12 meses fique no intervalo de 24% a 29% em 2021, depois de ter fechado o ano passado em 27,6%. Já a meta para prazo médio da dívida passará para a faixa entre 3,2 anos e 3,6 anos, depois de a proporção fechar 2020 em 3,6 anos.
A participação dos papéis prefixados, que fechou o ano passado em 34,8%, deverá subir para o intervalo entre 38% e 42%. Já os papéis atrelados à Selic cairão de 34,8% do total para 28% a 32%, projeta o Tesouro.
Dívida pública federal salta 18% em 2020
A dívida pública federal subiu 17,9% em 2020 em relação ao ano anterior, para R$ 5,010 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta.
Em valores absolutos, o crescimento no ano passado foi de R$ 760,7 bilhões. Com isso, o estoque ficou acima do intervalo de R$ 4,6 trilhões a R$ 4,9 trilhões estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro para 2020.
Apenas em dezembro sobre novembro, a dívida pública federal aumentou 4,63%. Na mesma base de comparação, a dívida interna subiu 4,67% em dezembro, somando R$ 4,766 trilhões.
A participação dos papéis prefixados e dos títulos atrelados à Selic também ficou fora do que havia sido estabelecido como metas pelo Tesouro em setembro do ano passado, quando o PAF foi revisado em meio à crise gerada pela pandemia do coronavírus.
Os prefixados viram sua representatividade aumentar a 34,8% do total no ano, frente a 31% em dezembro do ano anterior, e um pouco acima da meta de 30% a 34% para o ano.
Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, passaram de 38,9% no final de 2019 para 34,8%, abaixo da meta de 36% a 40%.
Os títulos indexados à inflação fecharam 2020 em 25,3% da dívida, abaixo do patamar de 26% registrado um ano antes, sendo que a referência para o ano era de 23% a 27%
Já os títulos remunerados pelo câmbio tiveram participação de 5,1% da dívida total, ante 4,1% em dezembro de 2019, mas também dentro da faixa de 3,0% a 7,0% fixada como meta.
A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna fechou 2020 em 9,2%, ante 10,4% no último mês de 2019. (Com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.