O Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed, em inglês) deve manter a política monetária norte-americana no modo de combate à crise do coronavírus ao encerrar sua reunião hoje (27), enquanto as autoridades avaliam uma economia que ainda luta contra o choque da pandemia, mas aguarda o alívio do processo em curso de vacinação e novos planos de gastos do governo.
Em suas últimas reuniões, o Fed lançou mudanças significativas na política monetária dos EUA, e vinculou qualquer aumento na taxa de juros do atual nível, de quase zero, a um aumento persistente da inflação, bem como qualquer alteração nas compras mensais de títulos no montante de US$ 120 bilhões a um “progresso substancial” em suas metas de emprego e inflação.
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Desde a reunião do banco central em dezembro, os dados econômicos desapontaram, e analistas afirmam que o banco central provavelmente irá rejeitar qualquer sugestão de que o impulso econômico das vacinas ou um possível aumento nos preços nesta primavera os fará titubear na promessa da continuidade da política monetária frouxa.
Como muitos, a economista financeira da Oxford Economics, Kathy Bostjancic, afirmou esperar um “mini-boom” começar na primavera, à medida que a população seja vacinada, os indivíduos se sintam mais livres para viajar e gastar e os próprios planos de gastos do governo Biden avancem.
Cerca de 25 milhões de pessoas receberam pelo menos uma das duas doses exigidas de vacina até domingo, e Biden espera aumentar o ritmo de imunização diária para 1,5 milhão. Ele solicitou um pacote adicional de gastos, no valor de US$ 1,9 trilhão, para acelerar as vacinações e expandir os benefícios disponíveis a famílias e empresas.
Embora isso possa alimentar um crescimento econômico mais rápido, “Powell manterá seu tom ‘dovish’ por enquanto, observando que a inflação permanece abaixo da meta anual de 2% do Fed e o nível de empregos ainda está cerca de 10 milhões abaixo do nível pré-pandemia”, Bostjancic escreveu.
Desde a aprovação das primeiras vacinas contra o coronavírus em dezembro, as autoridades do Fed compartilharam uma visão geral de que a economia norte-americana provavelmente estava entrando no que se chamou de “fim do jogo” da pandemia, com riscos de curto prazo, mas um segundo semestre provavelmente dinâmico.
No entanto, elas notaram o grande buraco deixado na economia, especialmente no mercado de trabalho, após um ano em que a atividade despencou de maneira impressionante na última primavera e retomou apenas de forma parcial em razão da crise sanitária em curso. Em dezembro, os EUA, de fato, perderam empregos.
Muitas das medidas que o Fed tomou na última primavera em resposta ao início da recessão, o que incluiu a redução da taxa de juros para zero, agora devem permanecer em vigor por um período potencialmente extenso, e as autoridades não preveem a necessidade de elevar as taxas de juros por talvez três anos. Isso foi projetado para auxiliar a impulsionar a economia para um caminho de mais emprego e que atenda, após anos de erros, a meta de inflação de 2% do Fed. (com Reuters)
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