No Forbes Radar de hoje (14), a SulAmérica comunicou ao mercado e aos acionistas que emitirá 700 mil debêntures em duas séries, sendo a primeira com vencimento em 1º de fevereiro de 2024 e, a segunda, com vencimento 1º de fevereiro de 2026. A notícia da saída de André Brandão derrubou as ações do Banco do Brasil na sessão de ontem e o assunto deve continuar no radar dos investidores nesta quinta-feira. Veja estas e outras notícias no Forbes Radar de hoje:
SulAmérica (SULA11)
A SulAmérica comunica ao mercado e aos acionistas que o Conselho de Administração da empresa aprovou ontem a emissão de debêntures simples, sendo composta por 700 mil debêntures com valor nominal unitário de R$ 1 mil.
Serão divididos em duas séries, a primeira terá o vencimento no dia 1º de fevereiro de 2024 e a segunda com vencimento em 1 de fevereiro de 2026. Os juros remuneratórios de ambas serão definidos conforme o procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding, em inglês).
De acordo com o documento divulgado ao mercado, os recursos líquidos obtidos pela SulAmérica com a emissão serão integralmente utilizados para reforço e adequação dos níveis de liquidez disponíveis à Companhia, bem como para fins corporativos diversos.
Banco do Brasil (BBAS3)
A saída de André Brandão do cargo de presidente-executivo do Banco do Brasil foi oficializada. A demissão ocorreu quatro meses após a posse – quando o BB decidiu fechar 112 agências e desligar 5 mil funcionários – e no mesmo dia em que a Ford decidiu deixar o país. Após os rumores da demissão, as ações do Banco do Brasil caíram 4,94% no fechamento de ontem (13).
A saída de Brandão será mais um desgaste para Guedes, que já perdeu vários integrantes da sua equipe. O presidente Jair Bolsonaro tem se mostrado incomodado com as críticas dos parlamentares e prefeitos contra o fechamento das agências do BB.
Em fato relevante, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não recebeu do Banco do Brasil a comunicação formal sobre a suposta demissão de Brandão.
Intel (ITLC34)
A Intel anunciou que irá substituir seu presidente-executivo, Bob Swan, pelo presidente da Vware, Pat Gelsinger, na expectativa de solucionar a crise de produção vivida pela empresa.
Por décadas, líder na produção de chips, a Intel perdeu vantagem nos últimos anos para os rivais asiáticos e agora avalia se recorre à terceirização da produção de alguns de seus futuros processadores, que têm previsão de lançamento em 2023.
O fundo ativista Third Point enviou no mês passado uma carta para o Conselho de Administração da Intel pedindo para que considerasse dividir as operações de projeto e produção de chips, uma vez que as rivais AMD, Qualcomm e Nvidia terceirizam a fabricação para especialistas como a Taiwan Semiconductor Manufacturing e Samsung Electronics.
Gelsinger enfrentou transições similares no comando da VMWare desde 2012. Ele guiou a empresa, que detinha suas próprias centrais de processamento de dados, para a terceirização de provedores de serviços de computação em nuvem. Gelsinger vai assumir a Intel em 15 de fevereiro.
Em uma mensagem aos funcionários da Intel, Gelsinger afirmou ter começado a carreira na companhia e “aprendido aos pés de Grove, Noyce e Moore”, e que é um privilégio e uma honra voltar. Analistas esperam que a Intel acerte uma parceria com outra fábrica de chips como parte da estratégia para resolver seus desafios problemas de produção.
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Sinqia (SQIA3)
A Sinqia lançou ontem um programa de corporate venture capital com investimento de R$ 50 milhões. O Torq Ventures investirá em startups com negócios voltados para o mercado financeiro (open banking, Banking as a Service e tecnologias como inteligência artificial, pagamentos, crédito e risco).
Nos próximos cinco anos, os investimentos serão voltados para dois conjuntos de iniciativas: investimentos indiretos, por meio gestora especializadas, e diretos, por meio da aquisição de participações minoritárias nas startups que apresentarem sinergia relevante com o ecossistema da empresa.
Cemig (CMIG4)
A Cemig informou aos funcionários que seu Conselho de Administração aprovou a possibilidade de contratação de profissionais de mercado para posições de liderança, medida até então restrita a pessoas com carreira na empresa. De acordo com a comunicação interna da elétrica, a empresa poderá realizar até o limite de 40% das contratações das posições de liderança no mercado.
O comunicado interno da empresa sobre a mudança veio após a Reuters ter publicado na véspera que a elétrica afastou na semana passada cerca de 15 profissionais, incluindo superintendentes e gestores. De acordo com a Cemig, cinco dos executivos foram afastados devido a uma denúncia junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que solicitou informações à empresa sobre um inquérito que corre em sigilo. A empresa não deu detalhes sobre as investigações.
Siemens (SIE)
A Siemens Gamesa e a Siemens Energy estão desenvolvendo uma turbina eólica comercial “offshore” que produz hidrogênio por meio de eletrólise, em uma iniciativa que representa um importante avanço para a produção em grande escala de hidrogênio renovável.
As companhias estão investindo Є 120 milhões (US$ 146 milhões) para desenvolver o sistema. Os planos, que ainda não haviam sido noticiados pela imprensa, são a iniciativa mais concreta da indústria de renováveis até o momento para se aproveitar do crescimento esperado na demanda por hidrogênio.
“No fundo, trata-se de desenvolver um produto comercialmente viável”, disse Christian Bruch, CEO da Siemens Energy, empresa que controla 67% da Siemens Gamesa, maior fabricante de turbinas eólicas “offshore” do mundo.
O hidrogênio renovável tem sido visto pela União Europeia (UE) como um meio de atingir metas de redução de emissões, ao substituir combustíveis fósseis em setores que enfrentam dificuldades para se “descarbonizar”. Embora a maioria dos projetos em todo o continente ainda esteja em fase piloto, a UE considera que os investimentos em hidrogênio verde na Europa podem chegar a € 470 bilhões até 2050 e criar até 1 milhão de empregos.
Johnson & Johnson (JNJB34)
A Johnson & Johnson informou que deve solicitar a aprovação da União Europeia para sua vacina contra o coronavírus em fevereiro. Os dados clínicos da vacina, que a empresa está desenvolvendo por meio de sua subsidiária Janssen, estão sendo avaliados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) desde 1º de dezembro.
“A data para a apresentação de um pedido de autorização de comercialização ainda não foi confirmada”, afirmou a EMA ontem. A EMA demorou 20 dias para aprovar a vacina desenvolvida pela BioNTech e pela Pfizer, e pouco mais de um mês para autorizar o imunizante da Moderna após a solicitação no início de dezembro. As duas vacinas são, até agora, as únicas aprovadas na UE, enquanto a AstraZeneca apresentou seu pedido na terça-feira (12).
Fiat Chrysler
A Fiat Chrysler anunciou ontem que vai realizar o pagamento do dividendo especial de Є 2,9 bilhões, parte da fusão com a PSA. O maior acionista da FCA é a Exor, holding da família italiana Agnelli, que tem participação de pouco menos de 29%.
O dividendo especial, de Є 1,84 por ação, será pago em 29 de janeiro, afirmou a empresa em comunicado. A FCA e Peugeot vão formar no sábado (16) a Stellantis, a quarta maior montadora de veículos do mundo. (Com Reuters)
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