Os ministros das finanças da zona do euro reiteraram ontem (18) apoio fiscal contínuo para suas economias e discutiram o desenho de planos de recuperação pós-pandemia, enquanto a Comissão Europeia alertou que a crise do coronavírus está piorando os desequilíbrios econômicos do bloco.
“Nossa discussão de hoje reconfirmou o consenso muito forte sobre a necessidade de manter uma posição orçamentária de apoio”, disse o presidente do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças do bloco, Paschal Donohoe, em entrevista coletiva após a reunião. “Os ministros também enfatizaram a importância de coordenar nossos esforços ao nível da zona do euro e o fato central de que podemos realizar mais coletivamente do que individualmente”, acrescentou.
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Em uma nota preparada aos ministros, a Comissão informou que a pandemia estava pressionando países, já altamente endividados, a assumirem mais dívidas e aumentar os problemas em áreas como competitividade e emprego. Essas divergências entre as economias que compartilham a mesma moeda aumentam o risco de crises e tornam a política monetária única do Banco Central Europeu (BCE) menos eficaz.
Para evitar isso, a União Europeia concordou com um pacote de recuperação de 750 bilhões de euros, a ser emprestado e reembolsado em conjunto, que financiará reformas e investimentos em cada um dos 27 países-membros para impulsionar o potencial de crescimento e evitar o aumento da dívida.
“Teremos de prestar muita atenção aos desequilíbrios decorrentes do impacto social da crise, que ainda não foram totalmente sentidos. Devemos evitar um agravamento das já preocupantes desigualdades dentro das nossas comunidades e entre os nossos países”, afirmou Paolo Gentiloni, comissário europeu para Assuntos Econômicos e Financeiros.
Antes de conseguirem obter os recursos do pacote de recuperação, os governos da UE devem traçar planos para gastá-lo sob a orientação da Comissão. Os planos têm de cumprir os requisitos do bloco de tornar as economias mais verdes, mais digitalizadas, melhorar a resistência a crises e impulsionar o crescimento potencial. Eles também precisam considerar as recomendações individuais de cada país, emitidas pela Comissão no ano passado. (com Reuters)
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