Metade do financiamento mundial para mudanças climáticas deveria ser destinada a ajudar as nações mais pobres a se adaptarem aos efeitos do aquecimento global, como secas, aumento do nível do mar e inundações, disse o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) hoje (14).
O clima extremo no ano passado, como chuvas torrenciais na África, ondas de calor recordes e temperaturas mais altas nos oceanos tropicais, é consistente com as mudanças climáticas, afirmam cientistas.
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O ano passado foi um dos mais quentes já registrados e conforme os impactos se intensificam, os governos em todo o mundo precisam se adaptar melhor ou enfrentam sérios custos, danos e perdas, segundo o relatório do PNUMA sobre a defasagem na adaptação.
O Acordo de Paris de 2015 visa limitar o aquecimento para menos de 2 graus Celsius, de preferência 1,5ºC, neste século.
Sob o pacto, os governos também concordaram em implementar medidas de adaptação, como defesas contra enchentes, casas mais verdes e safras resistentes à seca, com ajuda financeira para os países mais pobres.
“Como disse o secretário-geral da ONU, precisamos de um compromisso global para destinar metade de todo o financiamento climático global à adaptação no próximo ano”, disse Inger Andersen, diretora executivo do PNUMA.
“Isso permitirá um grande avanço na adaptação – em tudo, desde sistemas de alerta precoce a recursos hídricos resilientes e soluções baseadas na natureza.”
O relatório anual do PNUMA sobre a adaptação revelou que 72% dos países adotaram pelo menos um instrumento de planejamento de adaptação em nível nacional. No entanto, permanecem enormes lacunas de financiamento para ajudar as nações em desenvolvimento a se adaptarem aos piores efeitos. (Com Reuters)
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