A produção industrial brasileira registrou alta de 1,2% em novembro na comparação com o mês anterior, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (8). O resultado ficou pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,3%.
“O avanço é quase o mesmo do mês anterior e faz com que o setor siga ampliando o aumento com relação ao patamar pré-pandemia. E houve um predomínio no crescimento, ou seja, todas as categorias e a maior parte das atividades tiveram aumento”, afirmou o gerente da pesquisa André Macedo.
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Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 2,8% da produção industrial, abaixo da expectativa de alta de 3,5%. Entre maio e novembro, a produção da indústria brasileira acumulou crescimento de 40,7%, depois de ter encolhido 27,1% entre março e abril, ápice do isolamento social para contenção do coronavírus. Com isso, o setor está 2,6% acima do patamar pré-pandemia de fevereiro, mas ainda acumula nos 11 primeiros meses de 2020 perdas de 5,5%, um reflexo do forte impacto da pandemia sobre o setor.
A recuperação da indústria, embora tenha encontrado base nas medidas de auxílio e na flexibilização do isolamento, ainda depende amplamente de uma retomada do mercado de trabalho, que vem mostrando mais dificuldades.
Em novembro, todas as grandes categorias apresentaram alta na comparação com o mês anterior, com destaque para o aumento de 7,4% na produção de Bens de capital, uma medida de investimento, que atingiu o sétimo mês seguido de expansão. A fabricação de Bens de consumo duráveis aumentou 6,2%, enquanto a de Bens de consumo semi e não duráveis cresceu 1,5%. Os Bens intermediários tiveram ganho no período de 0,1%.
Entre as atividades a maior influência positiva foi a de veículos automotores, reboques e carrocerias, com aumento de 11,1%. De acordo com o IBGE, esse setor acumulou alta de 1.203,2% em sete meses consecutivos de crescimento na produção, superando em 0,7% o patamar de fevereiro.
De acordo com a pesquisa Focus mais recente realizada pelo Banco Central, a expectativa de economistas é de uma contração de 5% da produção industrial em 2020, passando a um crescimento de 4,78% neste ano. “Para 2021, nossa expectativa é de que o consumo de bens vá se reduzindo gradativamente à medida que as pessoas voltem a consumir serviços por conta da queda das restrições, olhando para o ano inteiro”, completou Muller, calculando expansão de 5% da indústria neste ano. (com Reuters)
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