A plataforma WeChat, da Tencent Holdings, bloqueou pelo menos oito grupos de mensagens instantâneas usados por pessoas na China cuja gigante chinesa Evergrande devia dinheiro, disseram membros do grupo hoje (29).
Os grupos, com cerca de 200 a 500 pessoas cada, discutiam as reivindicações dos membros e organizavam protestos. Os membros disseram que começaram a ser impedidos de enviar novas mensagens aos grupos na manhã de ontem (29).
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A crise na Evergrande, com dívidas de US$ 305 bilhões e em meio a uma crise de caixa, representa um desafio para o governo de Pequim. A empresa quer impor disciplina financeira, mas analistas dizem que ela teme um colapso conturbado que pode alimentar a inquietação de investidores, fornecedores e compradores de casas locais.
Compradores de imóveis e investidores de varejo iniciaram protestos em várias cidades nas últimas semanas, e muitos usaram plataformas de mídia social como o WeChat, o aplicativo de mensagens mais popular do país, para expressar suas queixas.
No início deste mês, a Reuters testemunhou manifestantes sendo levados para fora da sede da Evergrande em Shenzhen, e cenas semelhantes foram compartilhadas em grupos do WeChat.
Também hoje (29), dois usuários do WeChat relataram ter visto a mensagem de erro “limites foram colocados neste grupo porque ele viola regras e normas relevantes”. Uma captura de tela vista separadamente pela Reuters confirmou o enunciado.
Três outros usuários disseram que os grupos foram excluídos do WeChat. Outros dois também disseram que não conseguiam acessar seus grupos. A Tencent não quis comentar. A Administração do Ciberespaço da China não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Duas pessoas que haviam sido membros de alguns dos grupos disseram separadamente que foram visitadas por policiais chineses no domingo. As autoridades exigiram a assinatura de papéis que obrigavam as pessoas a não participarem de nenhuma reunião. Eles não quiseram ser identificados devido a medo de represálias.
O Ministério de Segurança Pública da China não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Alguns usuários do WeChat reclamaram no Weibo, uma plataforma semelhante ao Twitter, que seus grupos no WeChat relacionados à Evergrande foram bloqueados. (Com Reuters)
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