A força-tarefa do Departamento de Justiça dos Estados Unidos direcionada a ativos de oligarcas russos tem visto evidências de tentativas de evasão de sanções ou de transferência desses ativos em antecipação a possíveis sanções, afirmou o chefe da unidade ontem (1).
O procurador veterano indicado para liderar a nova força de “KleptoCaptura” no mês passado, Andrew Adams, disse à Reuters que o nível de colaboração entre países nas investigações sobre os ganhos ilícitos de oligarcas chegou a uma “alta histórica” na esteira da invasão russa à Ucrânia, potencialmente ajudando os procuradores a rastrearem suas iniciativas de ocultar patrimônio.
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“Há iniciativas em andamento — algumas delas reportadas publicamente — para transferir, por exemplo, propriedades móveis na forma de iates, aeronaves… para jurisdições onde, acredito, há uma percepção de que seria mais difícil de investigar e mais difícil de congelar”, disse Adams.
O objetivo da força-tarefa é colocar as finanças de oligarcas russos sob tensão na intenção de pressionar o presidente russo Vladimir Putin a cessar ataques à Ucrânia.
O nome da unidade é um trocadilho com a palavra “cleptocracia“, uma referência a autoridades corruptas que fazem uso irregular do poder para acumular riquezas. Isso inclui procuradores, investigadores e analistas de uma série de agências federais.
Os Estados Unidos e seus aliados impuseram várias rodadas de sanções nas últimas semanas direcionadas a Putin, a muitos de seus amigos abastados e a dezenas de empresas e agências governamentais russas, algumas delas acusadas de espalhar a desinformação com o objetivo de desestabilizar o governo ucraniano.