PEQUIM (Reuters) – As importações chinesas de milho da Ucrânia caíram em maio em comparação com um ano atrás, mostraram dados alfandegários nesta segunda-feira, depois que o conflito com a Rússia cortou os embarques.
A China, o maior importador mundial de milho, trouxe 126.727 toneladas do grão amarelo da Ucrânia, versus 1,26 milhão de toneladas um ano atrás, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.
A China havia importado 695.585 toneladas de milho da Ucrânia em abril.
As exportações de grãos da Ucrânia, grande produtor e exportador no mercado global, foram cortadas depois que a Rússia invadiu o país europeu no final de fevereiro.
Pequim tem buscado alternativas de milho de outras origens, inclusive permitindo cargas de Mianmar e abrindo caminho para embarques brasileiros –ainda pendentes por questões de equivalência transgênica.
A China trouxe 1,9 milhão de toneladas de milho dos EUA em maio, ligeiramente acima de 1,89 milhão de toneladas um ano atrás, mostraram dados alfandegários.
Nos primeiros cinco meses, as cargas de milho dos EUA chegaram a 6,37 milhões de toneladas, em comparação com 6,67 milhões de toneladas um ano antes.
Os embarques da Ucrânia durante o período foram de 4,82 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 4,99 milhões de toneladas do ano anterior, segundo os dados.
As importações de milho pela China em maio de todas as origens caíram 34,1% em relação ao ano anterior, enquanto os embarques de janeiro a maio caíram 2,9%, de acordo com dados alfandegários divulgados no fim de semana.
A demanda chinesa por grãos para ração, incluindo milho, está sob pressão, pois as baixas margens da indústria de carnes reduziram o apetite de produtores, enquanto as medidas para combater a Covid-19 interromperam o comércio normal de ração.
(Por Hallie Gu e Dominique Patton)