Nesta quinta-feira (3), primeiro pregão após o corte da taxa Selic pelo Banco Central (BC), o Ibovespa não sustentou a alta esperada pelos investidores na véspera. Após atingir um máximo de 122.619 pontos, avanço de 1,46%, o principal índice do mercado caiu 0,20% e encerrou o pregão a 120.619 pontos. O volume financeiro foi de R$ 24,59 bilhões.
Na noite de quarta-feira (2), o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual. Foi a primeira baixa dos juros em três anos, com a taxa referencial caindo de 13,75% para 13,25% ao ano. O corte foi maior que o esperado, superando as expectativas do mercado, que eram de 0,25 ponto porcentual. O Comunicado divulgado pelo Copom após a reunião também sinalizou outros cortes de 0,50 ponto percentual nas três próximas reuniões agendadas para este ano, em setembro, novembro e dezembro.
Mesmo assim, o Ibovespa não foi capaz de sustentar a alta. Entre as explicações estão a piora das expectativas no mercado americano. Na quarta-feira (2) a agência de classificação de risco Fitch baixou a nota dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, citando devido a expectativas de deterioração fiscal nos próximos três anos, bem como pela perspectiva de crescimento da dívida pública. Com isso, os índices de ações vêm registrando baixas sucessivas, o que contaminou outros mercados fora dos Estados Unidos.
O aumento da aversão internacional a risco também afetou o mercado cambial. Nesta quinta-feira (3), o dólar registrou uma das maiores altas diárias do ano e avançou 1,94%, fechando a R$ 4,889, maior nível em quatro semanas.
Segundo Cristiane Quartaroli economista do Banco Ourinvest, “parte dessa alta deve-se à decisão do Copom, que trouxe um corte acima do esperado pelo mercado. Além disso, o cenário é de aversão ao risco no exterior, refletindo na alta de moedas emergentes.”
Destaques do dia
Liderando as altas, a Dexco (DXCO3) subiu 4,79% a R$ 8,75, após divulgar um lucro líquido de R$ 177 milhões no segundo trimestre e reduzir estimativas dos investimentos para o período de 2021 a 2025. Em seguida, a Petrorio (PRIO3) subiu 4,27% a R$ 47,18 após divulgar o balanço do segundo trimestre, mostrando lucro líquido de R$ 184,6 milhões, alta de 32% ante igual período de 2022.
Na ponta negativa, as ações da Via (VIIA3) e da Alpargatas (ALPA4) caíram, respectivamente, 7,21% a R$ 1,93 e 5,26% a R$ 9,01. Os papéis da Alpargatas recuaram depois do relatório de analistas do JPMorgan, que cortaram a recomendação para os papéis para “neutra” e reduziram o preço-alvo de R$ 9,50 para R$ 9,00.
Leia também
- Dez mais ricos de tecnologia da Forbes perderam US$ 27 bi na quarta-feira
- Mastercard não vai mais pagar maconha nos EUA; Visa quer fazer o mesmo
- Mobilidade para bilionários: Revo investe US$ 5 milhões e pousa em São Paulo
No exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street recuaram com um salto nos rendimentos dos Treasuries, balanços corporativos sem tendência definida e dados econômicos dos EUA apontando a persistência da inflação. Isso manteve os investidores cautelosos. Os participantes do mercado têm observado os dados atentamente, tentando avaliar se o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, pode seguir no processo de aperto monetário se não conseguir levar a inflação para a meta.
Na Europa, os índices caíram após resultados corporativos decepcionantes, rendimentos elevados dos títulos dos EUA e dados que apontam para uma desaceleração da atividade empresarial na zona do euro. Os papéis britânicos, por outro lado, se recuperaram depois que o Banco da Inglaterra elevou os juros de acordo com as expectativas com uma redução no ritmo de aperto monetário em relação à reunião anterior.
(Com Reuters)
Confira as 10 maiores empresas do mundo em 2023
-
Mike Segar/Reuters 1. JPMorgan Chase
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 179,9 bilhões
Lucro: US$ 41,8 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 3,7 trilhões
Valor de mercado: US$ 399,5 bilhões -
2. Saudi Aramco
Origem: Arábia Saudita
Vendas: US$ 589,7 bilhões
Lucro: US$ 156,3 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 653,8 bilhões
Valor de mercado: US$ 2,05 trilhões -
Reprodução/Forbes 3. ICBC
Origem: China
Vendas: US$ 216,7 bilhões
Lucro: US$ 52,4 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 6,1 trilhões
Valor de mercado: US$ 203,1 bilhões -
SOPA Images/Getty Images 4. China Construction Bank
Origem: China
Vendas: US$ 203 bilhões
Lucro: US$ 48,2 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 4,9 trilhões
Valor de mercado: US$ 172,9 bilhões -
Anúncio publicitário -
S3studio/Getty Images 5. Agricultural Bank of China
Origem: China
Vendas: US$ 186,1 bilhões
Lucro: US$ 37,9 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 5,3 trilhões
Valor de mercado: US$ 141,2 bilhões -
Lucas Jackson/Reuters 6. Bank of America
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 133,8 bilhões
Lucro: US$ 28,6 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 3,1 trilhões
Valor de mercado: US$ 220,8 bilhões -
Ligh tRocket/GettyImages 7. Alphabet
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 282,8 bilhões
Lucro: US$ 58,5 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 369,4 bilhões
Valor de mercado: US$ 1,3 trilhão -
Getty Images 8. ExxonMobil
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 393,1 bilhões
Lucro: US$ 61,6 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 369,3 bilhões
Valor de mercado: US$ 439,3 bilhões -
Gonzalo Fuentes/Reuters 9. Microsoft
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 207,5 bilhões
Lucro: US$ 69 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 380 bilhões
Valor de mercado: US$ 2,3 trilhões -
Getty Images 10. Apple
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 385,1 bilhões
Lucro: US$ 94,3 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 332,1 bilhões
Valor de mercado: US$ 2,7 trilhões
1. JPMorgan Chase
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 179,9 bilhões
Lucro: US$ 41,8 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 3,7 trilhões
Valor de mercado: US$ 399,5 bilhões