As vendas de tênis da marca Yeezy geraram cerca de US$ 437 milhões (R$ 2,1 bilhões) em receita para a Adidas no segundo trimestre de 2023, de acordo com o relatório divulgado pela empresa. O movimento acontece no momento em que a gigante de vestuário esportivo tenta vender o estoque restante da marca ligada ao rapper Kanye West, com quem rompeu laços no ano passado após uma série de declarações antissemitas.
A empresa informou que sua receita do segundo trimestre se beneficiou de um lançamento inicial de produtos do seu estoque remanescente de Yeezy. O valor de US$ 437 milhões veio em linha com o resultado obtido durante o mesmo trimestre do ano anterior, mostrando que a controvérsia em torno de Kanye teve pouco impacto no interesse pela marca.
Todas as vendas durante este trimestre foram realizadas por meio do site e do aplicativo da empresa, resultando em um crescimento de 16% na receita em comparação com o ano anterior.
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Apesar disso, a empresa observou que o “encerramento dos negócios regulares da Yeezy” ainda custou cerca de 400 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) no primeiro semestre de 2023.
A Adidas projeta um prejuízo operacional total de US$ 491,5 milhões (R$ 2,3 bilhões) para 2023, caso todos os cenários adversos, incluindo a baixa do estoque restante de Yeezy, se concretizem. Além da possível baixa, a empresa espera uma perda adicional de US$ 218 milhões (R$1 bilhão) relacionada a uma “revisão estratégica”. Esse valor é significativamente menor do que as estimativas do primeiro trimestre, que eram de US$ 771 milhões (R$ 3,7 bilhões).