O Brasil vive o melhor momento da história de sua gastronomia, mas, de acordo com Rodrigo Oliveira, ainda não atingiu todo o seu potencial. “O cenário gastronômico é muito recente no Brasil”, avalia o chef do Mocotó e do Esquina Mocotó, recém-premiados com uma estrela no Guia Michelin. “Estamos no momento da virada, mas, com certeza, este não é o ápice. Ele ainda está por vir.”
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Atualmente, o país tem 19 restaurantes estrelados no principal guia da gastronomia mundial. Deles, apenas o D.O.M., de Alex Atala, tem duas estrelas. “Há 20 anos, não entendíamos nada de vinho. Há 10, nada de cerveja. Hoje, há produtos brasileiros de reputação internacional”, conta Oliveira.
“Se temos o melhor produto, fartura e diversidade, o que faltava para a nova cozinha acontecer era gente”, completa o chef. “Tem um movimento bastante reconhecível de jovens cozinheiros supertalentosos que rodaram o mundo, trabalharam na Europa ou nos Estados Unidos… Agora, retornam com bagagem e vontade e montam o próprio negócio.”
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Oliveira cita como exemplo os também premiados no Michelin Rafael Costa e Silva, do Lasai (RJ); Gabriel Matteuzzi, do Tête-à-Tête (SP); e Ivan Ralston, do Tuju (SP), eleito um dos 30 destaques abaixo de 30 anos de FORBES Brasil neste ano.
O chef entrou para o seleto grupo de agraciados pelo Guia Michelin na edição deste ano, publicada em abril, com o Esquina Mocotó, estabelecimento mais autoral.
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Além dos dois empreendimentos e do Mocotó Café, quiosque no Mercado Municipal de Pinheiros, em São Paulo, o chef fechou por mais um ano a parceria com a companhia aérea holandesa KLM para assinar pratos nas classes executiva e econômica. “Foi uma exigência do Rodrigo que o menu fosse servido nas duas categorias”, revela a companhia.
Entre os pratos que serão servidos, estão gratinado de mandioca com carne seca, abóbora assada em cubos, brócolis e tomate cereja e peixe chapeado, arroz de coco e purê de abóbora com castanha de caju.