
Sempre atento às oportunidades ao longo de sua carreira, o versátil Kravitz não é apenas cantor, músico, compositor e produtor de discos vencedor do Grammy, mas também ator, fotógrafo e designer
A história de Dom Pérignon sempre foi um de bons encontros. Depois de um histórico de colaborações com talentos criativos, ousados e inspiradores, como Marc Newson, Andy Warhol, Jeff Koons, Marcel Wanders, Karl Lagerfeld, Christopher Waltz e Tokujin Yoshioka, a produtora de champanhe, criada pelo monge beneditino Dom Pierre Pérignon, na Abadia de São Pedro de Hautvillers, em Epernay, no século 17, nomeou a lenda do rock norte-americano Lenny Kravitz como seu diretor de criação global.
LEIA MAIS: 12 fotos icônicas de astros do rock e outras celebridades
Apresentado há 11 anos por um amigo na indústria de vinhos, em Paris, a Richard Geoffroy, mestre de adega da Dom Pérignon desde 1990 e que deixará seu posto no final do ano, Kravitz iniciou a primeira de uma longa série de trocas com a marca, baseada na amizade e no respeito mútuo. Ele visitou a aldeia de Hautvillers, cercada por colinas cobertas de vinhedos, assim como a Côte des Blancs e o rio Marne. Foi lá que Père Pérignon se esforçou para criar, em suas próprias palavras, o “melhor vinho do mundo”, que logo começou a abastecer a corte do rei Luís 14 e cujas safras raras são hoje procuradas pelos grandes colecionadores.
Sempre atento às oportunidades ao longo de sua carreira, o versátil Kravitz não é apenas cantor, músico, compositor e produtor de discos vencedor do Grammy, mas também ator, fotógrafo e designer. Por conta de sua criatividade artística, estilo de vida e atitude, o primeiro fruto de sua colaboração com a Dom Pérignon é um conjunto de fotografias em preto-e-branco que ele tirou em maio deste ano, usando sua câmera Leica Monochrom, que serão exibidas em uma campanha publicitária global neste mês, e uma exposição itinerante internacional chamada “Assemblage”, com duração de mais de um ano, começando em Nova York (até 6 de outubro, no Skylight Modern) e depois em Londres, Milão, Tóquio, Hong Kong e Berlim.

Os convidados de Lenny Kravitz fazem uma encenação de “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci
Com carta branca, Kravitz uniu um grupo diversificado de personalidades excepcionais da música, cinema, moda, dança e esportes, demonstrando a verdadeira essência de seu trabalho. Eles se reuniram uma noite para compartilhar experiências na Stanley House, o primeiro projeto residencial unifamiliar em Los Angeles projetado por Kravitz e sua firma de design de produtos e interiores, criada em 2003. A Kravitz Design projeta tudo, desde hotéis, condomínios e móveis até câmeras Leica e Rolexes personalizados. Refletindo a alma boêmia e o glamour, a mansão de 994 m² provou ser a casa perfeita para entretenimento: cinco quartos, nas colinas de Hollywood com vistas panorâmicas da cidade e do mar, extensões de vidro, travertino, basalto, rochas de lava, madeiras exóticas, obras de arte personalizadas, piscina de borda infinita semicircular e até mesmo uma boate no nível inferior.
“Quando penso em Dom Pérignon, penso em reunir pessoas”, revela Kravitz. “É tudo sobre comunicação para que você possa ter inspiração e se inspirar para fazer algo. Você não precisa de uma ocasião. A vida é a ocasião.” Depois de convidar a atriz vencedora do Oscar Susan Sarandon, o ator e produtor Harvey Keitel, a cantora, atriz e modelo Zoë Kravitz, o estilista Alexander Wang, o bailarino e coreógrafo Benjamin Millepied, um dos melhores jogadores japoneses de futebol de todos os tempos, Hidetoshi Nakata, e a modelo e atriz Abbey Lee Kershaw, Kravitz capturou a alquimia criada entre eles, ao registrar suas interações e como inspiravam uns aos outros. Há cenas deles bebendo Dom Pérignon, conversando, rindo, dançando e até mesmo uma encenação de “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci. Acompanhando-o nesta aventura estava Mathieu Bitton, um fotógrafo e cineasta que filmou esses encontros iniciados por Kravitz e Dom Pérignon. Um catálogo também será publicado.
VEJA TAMBÉM: Forbes 400 2018: os mais ricos da América
Geoffroy afirma: “Nos últimos anos, temos desenvolvido a ideia de inspirar os outros e sermos inspirados, ou dar energia e receber energia. Há uma espécie de espiral nesse sentido de carinho e amor e de ser retribuído depois, o que é muito do Lenny, e é por isso que estamos tão próximos e conectados. Criatividade é como um motor fantástico que precisa ser alimentado, e o combustível vem principalmente do lado de fora, que você continua absorvendo e enviando de volta”. Em seu papel como diretor-criativo em 2019, Kravitz vai conceber móveis e objetos centrados em torno de beber champanhe.