Resumo:
- Sandra Makarem é a criadora do The Collective Child, um serviço de assinatura de luxo para peças infantis que foca na descoberta de marcas internacionais e emergentes;
- A ideia surgiu quando a empreendedora percebeu a dificuldade de encontrar roupas infantis de estilos clássicos e versáteis, de alta qualidade e preços razoáveis, nos EUA;
- Para encontrar as melhores opções e fornecê-las aos clientes norte-americanos, Sandra viaja o mundo.
Criada na Venezuela e com experiência na indústria da moda, Sandra Makarem percebeu que o vestuário infantil dos Estados Unidos se transformou em um mercado sem diversidade. Encontrar estilos clássicos e versáteis (não apenas de esportes para meninos e laços cor-de-rosa para meninas), especialmente aqueles de alta qualidade e preços razoáveis, tornou-se algo difícil.
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Então, ela criou The Collective Child, um serviço de assinatura de luxo para roupas de crianças que foca na descoberta de marcas internacionais emergentes, de designers estrangeiros, para sua comunidade de membros. Para isso, Sandra viaja pelo mundo para encontrar essas marcas globais e fornecê-las aos clientes norte-americanos.
Embora a companhia tenha sido lançada há apenas três anos, havia uma lista de espera quase instantânea de 1,5 mil pessoas que durou quase dois anos. Sandra conversou com a Forbes para compartilhar como seu estilo de vida nômade inspirou seus negócios e o que a ensinou sobre os diferentes estilos de roupas infantis em todo o mundo.
Forbes: Como você se tornou uma viajante?
Sandra Makarem: Tudo começou com a minha família, que é nômade e culturalmente diversa. Em apenas três gerações, meus familiares mantinham laços diretos com a Venezuela (meu país natal), Líbano, Egito, Equador, Colômbia e Espanha. Consequentemente, minha infância foi repleta de viagens ao redor do mundo, nas quais a ênfase era a absorção da cultura diversificada de nossa família. A partir dessa base de exploração, eu estava ansiosa para experienciar uma vida fora da Venezuela. Então, me mudei para Nova York para estudar no Fashion Institute of Technology.
F: Como isso a inspirou nos negócios?
SM: Eu vejo muitos paralelos entre viagens e moda. Para mim, cada um pode ser uma forma de expressão pessoal, exploração e aventura. Quando criança, minhas viagens fortificaram minha curiosidade para aprender sobre diferentes culturas, perspectivas e valores. Ao mesclar essa ambição com meu amor pelo design, me vi explorando como essas novas culturas, perspectivas e valores se refletiam na arquitetura local, no artesanato e na moda.
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F: O que você percebeu sobre as roupas infantis em outros países, em comparação com os EUA?
SM: A primeira coisa que sempre me chamou a atenção sobre a moda infantil norte-americana foi exagero de desenhos “fortes”, de estampas a lantejoulas e tule. Por outro lado, o mercado internacional oferece uma ampla gama de estilos, com designers de cada país que expressam sua personalidade cultural – o que enfatiza designs mais atemporais que não parecem destinados especificamente a uma criança.
F: Quais são suas principais dicas para comprar roupas infantis no exterior?
SM: Assim como a maioria das pessoas, uma das minhas melhores fontes para encontrar qualquer coisa em uma nova cidade é a internet -blogs de viagens, de moda, Pinterest, Instagram. Eu sempre sugiro encontrar boutiques que apresentam designers locais ou artesanais. É aí que você vê a personalidade e o espírito. Além disso, parece simples, mas vá onde os locais costumam comprar. Às vezes, isso pode levá-lo para um bairro mais residencial do que comercial.
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