Resumo
- Avaliada em US$ 21,2 milhões, a propriedade pertenceu à falecida pianista Cesarina Riso e remonta aos dias iniciais de colônia no Rio de Janeiro, como um dos primeiros assentamentos portugueses;
- A Villa Riso apresenta laços com a nobreza, arte e música e se destaca pela beleza, dimensão do espaço, história e tranquilidade oferecida pela natureza exuberante que a rodeia;
- Ao longo de sua história, o local recebeu visitas de personalidades de destaque como o Imperador Pedro II, Leonard Bernstein, Igor Stravinsky, Arturo Toscanini, Maria Callas e Franco Zeffirelli.
Villa Riso, a histórica propriedade brasileira de 6,4 hectares da falecida pianista Cesarina Riso, foi colocada à venda por US$ 21,2 milhões. A linhagem majestosa desta villa remonta aos dias iniciais de colônia no Rio de Janeiro como um dos primeiros assentamentos portugueses, de modo a apresentar laços com a nobreza, navegações marítimas, política, música e arte.
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A propriedade foi visitada por membros da alta sociedade e por personalidades influentes, incluindo o imperador Pedro II, Leonard Bernstein, Igor Stravinsky, Arturo Toscanini, Maria Callas e Franco Zeffirelli. Cesarina, que morreu em 2018 aos 78 anos, era uma das pianistas proeminentes do Brasil, uma ex-criança prodígio tão reverenciada que Bernstein escreveu uma composição especial para ela, na ocasião de seu aniversário de 13 anos, no final dos anos 50.
“Graças ao nosso avô Osvaldo Riso, a casa sempre foi frequentada por personalidades de destaque nas áreas de arte e política durante a primeira metade do século XX”, diz Pier Francesco Maestrini, filho de Cesarina e que, junto às irmãs Daniela e Sabina, é herdeiro da Villa Riso.
Rodeado pelo Oceano Atlântico, por uma floresta montanhosa e por um clube de golfe, a propriedade era originalmente uma enorme fazenda de cana-de-açúcar que se estendia até a Barra da Tijuca e produzia açúcar mascavo e, eventualmente, aguardente. Além disso, foi um dos primeiros edifícios do bairro de São Conrado construídos na nascente cidade do Rio de Janeiro.
A vila oferece uma vista espetacular da Pedra da Gávea e é cercada por mais de 16.630 m² de jardins paisagísticos, gramados, árvores tropicais, piscina privada, lago e fontes. Além disso, palmeiras imperiais históricas alinham a nobre entrada.
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“O local é um dos mais belos que você pode visitar, no Brasil ou no exterior”, diz Maestrini. “É absolutamente impressionante, considerando a beleza, o espaço, a história e a tranquilidade que você pode ter em um jardim tropical tão grande e exuberante que hoje está imerso na região metropolitana, mas ainda aos pés da floresta da Tijuca.”
A residência principal de 2.973 m² possui várias salas de estar espaçosas, uma sala de jantar, uma grande cozinha (com área de serviço adjacente), quatro suítes e uma capela única. A casa é decorada esculturas centenárias, grandes portas que levam à parte externa, pisos de madeira, azulejos de cerâmica portuguesa e balaustradas originais do artista brasileiro Mestre Valentim.
A propriedade mudou de mãos e apelidos ao longo dos séculos. Inicialmente ficou conhecida como Morgadio de Asseca (devido ao título de Visconde de Asseca), depois passou a se chamar Fazendinha de São José da Lagoinha da Gávea. Um de seus primeiros proprietários foi Salvador Correia de Sá Benevides, descendente da família dos fundadores do Rio de Janeiro, Mem de Sá e Estácio de Sá.
Como uma mansão de Vanderbilt ou de Rockefeller, Villa Riso atraiu personalidades importantes da sociedade: realeza, políticos, músicos, clérigos, paisagistas e artistas, entre outros. Frei Custódio, um dos fundadores do Jardim Botânico e o historiador João Capistrano Abreu foram visitantes frequentes. Foi lá que o famoso pintor José Bento de Araújo registrou a Pedra da Gávea na tela.
“A história dessa mansão está fortemente ligada à história do próprio Brasil”, diz Maestrini. “Ferreira Viana, que possuía a propriedade antes de nosso avô, era o conselheiro do Imperador Pedro II. Nesta casa, ele redigiu o documento da Lei Áurea, assinado em 1888 pela princesa Isabel.”
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O decreto foi assinado na biblioteca de Villa Riso. As seis palmeiras reais no logotipo da Villa Riso representam cada visita cerimonial do imperador à propriedade. Por volta de 1868, as palmeiras colossais foram plantadas pelo próprio Imperador Pedro II, quando uma expedição de observação de baleias levou à sua primeira visita à propriedade. Em aproximadamente 1880, Antônio Ferreira Viana ficou tão encantado ao alugar a fazenda que acabou comprando a propriedade.
Após a sua morte, a fazenda foi herdada pelo genro José Pires Brandão, que a desmembrou e vendeu parte da terra. Osvaldo Riso, então, comprou o território dos herdeiros de Brandão e o renomeou como Villa Riso.
Osvaldo e sua esposa, Camelia, abriram sua casa para eventos culturais da alta sociedade, convidando personalidades como a poetisa Gabriela Mistral, o romancista Thomas Mann, o político Fiorello La Guardia, o romancista Stephan Zweig, Stravinsky, o cantor Beniamo Gigli, Bernstein, o escultor Alexander Calder, o poeta Giuseppe Ungaretti e a cantora de ópera Callas. O pintor Alberto da Veiga Guignard viveu na Villa Riso durante um período difícil de sua vida.
Na década de 1950, Villa Riso recebeu um dos grandes talentos do mundo, a jovem Cesarina, uma prodígio do piano que estudava na companhia de estudiosos da música de elite. Em 1953, a artista de 12 anos fez sua estréia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tocando o Concerto de Mozart em Ré menor, dirigido por Oliviero de Fabritiis, com solo conduzido por Leonard Bernstein.
Em 1954, ela viajou pela Europa e estudou em Viena com o pianista Bruno Seidlhofer e os colegas Zubin Mehta, Claudio Abbado e Martha Argerich. Na Suíça e na Itália, estudou com Edwin Fischer e Carlo Zecchi, respectivamente. Em 1957, Cesarina ganhou um prêmio no Concurso de Genebra.
Ela se casou com o primeiro marido, o pianista Jacques Klein, em 1958 e se dedicou à sua carreira, muitas vezes, tocando com ele. A artista ainda colaborou com o segundo marido, Carlos Maestrini (diretor de teatro, ópera e TV), como assistente de direção em Verona, Israel, Berlim, EUA e América do Sul.
Após uma longa restauração pelo arquiteto-pintor Ricardo Sierra, Cesarina abriu ao público a Villa Riso, em dezembro de 1982, transformando o espaço em um centro social e cultural dinâmico. Inspiradores pela sua herança cultural desde 1932, os quartos, jardins e a capela foram alugados para casamentos, cerimônias religiosas, festas, galerias de arte, exposições fotográficas, leilões, seminários, jantares, entre outros eventos, o que até hoje ajuda a manter a Villa Riso.
Veja, na galeria de fotos a seguir, um pouco da histórica e sofisticada Villa Riso:
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Reprodução/Forbes Villa Riso oferece 2.973 m² de
espaço de convivência por US$ 21,2 milhões -
Reprodução/Forbes As amplas salas da Villa Riso são preparadas para o entretenimento
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Reprodução/Forbes Esta sala de estar oferece vistas para os jardins exteriores e para a piscina
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Reprodução/Forbes A capela abobadada da Villa Riso foi sede de inúmeros casamentos e cerimônias religiosas
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Reprodução/Forbes A vila oferece vistas espetaculares da Pedra da Gávea (a montanha monolítica da Floresta da Tijuca)
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Reprodução/Forbes Cesarina Riso abriu a Villa Riso para eventos especiais como casamentos em 1982
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Reprodução/Forbes Quartos amplos apresentam pisos de madeira (e tetos de madeira em sua maioria)
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Reprodução/Forbes Em 1888, a Princesa Isabel aboliu a escravidão brasileira ao assinar o decreto “Lei Áurea” nesta biblioteca
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Reprodução/Forbes A propriedade já recebeu o Imperador Pedro II,, Leonard Bernstein, Igor Stravinsky, Arturo Toscanini, Maria Callas e Franco Zeffirelli
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Reprodução/Forbes Osvaldo Riso abriu a Villa Riso como um destino para membros da alta sociedade e personalidades influentes
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Reprodução/Forbes Cesarina Riso iniciou uma tradição na Villa Riso de alugar a propriedade para eventos especiais, como este da Ketel One em 2012
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Reprodução/Forbes Os jardins são decorados com esculturas intrincadas
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Reprodução/Forbes Sala de jantar da Villa Riso
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Reprodução/Forbes A propriedade é cercada por mais de 16.630 m² de jardins paisagísticos, gramados e árvores tropicais
Villa Riso oferece 2.973 m² de
espaço de convivência por US$ 21,2 milhões
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