As crescentes perdas financeiras em meio à pandemia de coronavírus tiraram US$ 293 bilhões das fortunas das 20 pessoas mais ricas do mundo em pouco mais de um mês, calcula a Forbes. Quando o Dow Jones alcançou seu recorde histórico em 13 de fevereiro, as 20 principais fortunas somavam mais de US$ 1,4 trilhão –número que, desde então, caiu para US$ 1,1 trilhão. Só ontem (16) foram contabilizados US$ 68 bilhões em perdas, uma vez que a S&P e a Dow caíram 12% e 13%, respectivamente.
Entre esse grupo de elite, o maior perdedor no mês passado em termos de dólares é o presidente e CEO da LVMH, Bernard Arnault, cujo conglomerado de moda de luxo anunciou no domingo que converteria fábricas de perfume para produção de desinfetantes para as mãos. Sua fortuna despencou US$ 29,6 bilhões desde 13 de fevereiro para US$ 79,9 bilhões na segunda-feira, depois de passar a marca de US$ 100 bilhões em 2019. As ações da LVMH caíram quase 30% no mês passado, quase em linha com o mercado da França.
Em termos percentuais, o maior perdedor é a indiana Mukesh Ambani, que fundou o conglomerado de energia Reliance Industries, a empresa mais valiosa de seu país. Com as ações afundando, quase um terço da fortuna da Ambani, que agora é de US$ 38,6 bilhões, foi diluída.
Enquanto isso, Jeff Bezos, a pessoa mais rica do planeta, agora também é o único centibilionário, já que a fortuna de Bill Gates sofreu um golpe de US$ 5,8 bilhões na segunda-feira e terminou o dia em US$ 97,8 bilhões. Bezos, no entanto, em breve poderá enfrentar resultado semelhante; seu patrimônio líquido caiu de US$ 5,3 bilhões para US$ 105,1 bilhões. Acumulando as perdas de US$ 25,6 bilhões do fundador da Amazon desde fevereiro, é a segunda maior queda após Arnault.
O maior perdedor de segunda-feira foi o cofundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, que perdeu US$ 8,8 bilhões depois que as ações do Facebook caíram mais de 14%. Ele agora vale US$ 54,3 bilhões, uma queda de 31% desde que o coronavírus começou a destruir os mercados.
O ex-candidato à presidência Michael Bloomberg (com fortuna no valor de US$ 50,9 bilhões) e os magnatas da Família Koch, Charles e Julia (US$ 40 bilhões cada), foram as únicas grandes fortunas a resistir às perdas principalmente porque sua riqueza é baseada em empresas privadas, que são em grande parte poupadas dos preços em tempo real do mercado público.
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