O famoso roqueiro Gene Simmons está se desfazendo do seu lar nos últimos 36 anos. O baixista do KISS, conhecido por mostrar a língua e cuspir fogo durante os shows, está vendendo sua propriedade palaciana em Benedict Canyon por US$ 22 milhões e uma reunião – ao vivo – com o novo proprietário para garantir que o imóvel fique em boas mãos.
Simmons não venderá a propriedade para qualquer um. Sua majestosa mansão na área de Beverly Hills é sinônimo de uma vida bem vivida. Ela deixará boas lembranças, portanto, ao contrário da maioria das celebridades que ficam em segundo plano durante uma negociação desse tipo, Simmons pretende se envolver pessoalmente na operação, inclusive aprovando o comprador.
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“Este é o lugar onde nossos filhos Nick e Sophie nasceram e cresceram”, diz ele. “Foi aqui que filmamos nosso reality show, ‘Gene Simmons Family Jewels’. É difícil pensar nessa casa de outra maneira que não seja como nosso lar. É por isso que estou insistindo em conhecer a família que deseja comprá-la. Precisamos estar bem emocionalmente ao passar nosso lar para outra pessoa. Aqui sempre será o nosso lar.”
O sentimento do roqueiro não pode ser mensurado pela quantidade de zeros em um cheque. Mas, como ele sugeriu na canção “Childhood’s End”, de 1997, a perda é difícil, mas uma memória dura a vida toda. Simmons, de 71 anos, comprou a propriedade no topo da montanha de 7.500 m² em 1984 e morou lá com sua parceira, a modelo e atriz Shannon Tweed, e seus filhos.
Originalmente, a propriedade era uma casa de fazenda feita de madeira com 325 m² na encosta. A repaginada de cinco anos de Simmons custou US$ 11 milhões, mas aplainou a encosta, transplantou árvores do norte da Califórnia e transformou dramaticamente a propriedade em um terreno plano e isolado de 1.500 m².
“Comprei de um casal que morou aqui por muitos anos”, conta Simmons. “Depois, descobri que o proprietário anterior era um cavalheiro chamado Irving Azoff, um dos mais proeminentes empresários musicais. Ele continua a administrar bandas como Eagles, Fleetwood Mac e outros. Disseram-me que o Eagles foi criada nesta propriedade.”
Assim como o dono, a propriedade é um show à parte: são sete quartos, uma piscina de 50 metros, estacionamento para 35 carros, uma quadra de tênis e uma grande sala de 12 metros.
Uma estrada sinuosa conduz os visitantes em direção à fachada impressionante da residência, emoldurada por árvores, o grande pátio dos carros, escadarias duplas externas, terraços de observação e janelas acima das garagens com portas triplas de madeira.
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Portas francesas e janelas emolduram a entrada em cúpula e a grande escadaria que leva a uma grande sala alta e iluminada, com vista para a varanda. Uma sala com lareira fica ao lado de uma grande cozinha em ilha e da sala de jantar com um belo lustre. Os quartos de bom gosto dispõem pé direito duplo.
A residência exibe o lado mais suave de Simmons que, aparentemente, tem um gosto impecável. O artista é a atração principal da banda KISS com os companheiros Paul Stanley, Ace Freely e Peter Criss (entre outros), desde meados dos anos 1970.
Conhecidos por suas maquiagens únicas, fantasias macabras e alter egos do hard rock, eles fizeram sucesso com “Beth”, “Black Diamond” e o hit “Rock and Roll All Nite”. Durante sua era “sem máscara”, que durou uma década, a banda teve sucessos como “Lick It Up” e “Heaven’s on Fire”, antes de ser indicada ao Hall da Fama do Rock and Roll em 2014.
Mas por que Simons decidiu se mudar agora? O baixista foi bem honesto ao dizer enfaticamente que está cansado dos impostos excessivos da Califórnia, que o deixaram “em algum lugar entre o céu e o inferno”.
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Intelectuais rebeldes não gostam de ser explorados, especialmente ele. Então Simmons está preparando sua mudança, e vai trocar o sol pelo noroeste nublado com baixos impostos. Ele está se transferindo para uma propriedade de 100 mil m² no estado de Washington, à sombra do lindo Mount Rainier.
“Não vou mais tolerar [pagar] de 60% a 70% de tudo que eu ganho para o governo”, diz Simmons. “Vou para um estado muito mais acolhedor, onde não há imposto de renda, nem impostos locais e estaduais. Os impostos federais são suficientes.”
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