Filantropo e fundador da Microsoft, Bill Gates nasceu em uma família de classe média, na cidade de Seattle, nos Estados Unidos. Com uma vida comum, adquiriu enorme gosto por leitura, mas seus assuntos preferidos nem sempre eram os mesmos de crianças da sua idade: envolvia enciclopédias e ficções científicas.
Por conta de sua paixão pela literatura, foi criada até uma regra em sua casa: não eram permitidos livros na mesa de jantar.
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Em entrevista, o pai do bilionário, William H. Gates _ou Bill Gates Sr._, conta como foi a trajetória do menino que se tornou um exemplo de sucesso, ainda quando criança e até mesmo adolescente.
Veja na galeria abaixo:
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Que tipo de criança era Bill Gates?
Bill Gates Sr.: William sempre foi muito interessado por livros. Os assuntos que mais faziam seu olho brilhar envolviam ficção científica. Era um leitor tão ávido que tivemos de impor regras para que houvessem intervalos. Livros eram proibidos na mesa de jantar, por exemplo. -
O que ele sonhava ser quando criança?
Bill Gates Sr.: Como parte de uma lição de casa da quinta série, William teve de falar sobre isso. Entre opções como médico, bombeiro e caubói, ele preferiu astronauta e cientista. Enquanto crescia, sua curiosidade sobre o funcionamento do mundo aumentava na mesma medida. Tinha suas próprias ideias, pensava sobre a vida, falava sobre assuntos internacionais e sobre o que poderia aprender. Mas naquela época era difícil imaginar que nosso filho se tornaria nosso chefe.
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Quando surgiu o interesse em computadores?
Bill Gates Sr.: Cedo! A primeira oportunidade surgiu na escola, quando os pais deveriam dar um pouquinho de dinheiro para que os filhos se conectassem ao computador por meio de uma linha telefônica. Mas nós tínhamos um pouco de medo e o privamos disso. Mais para frente, como William fazia parte do grupo de estudantes de matemática, foi um dos convidados a utilizar o sistema e saber como funcionava. Aos 13 anos, ele já era um pouco viciado nisso.
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Quais eram suas atividades antes de entrar na faculdade?
Bill Gates Sr.: No último ano do ensino médio, William teve de dar uma pausa para participar de um programa proposto pela usina de North Bonneville, em Washington. Nós, então, conversamos com o diretor e vimos uma oportunidade de ele aplicar suas habilidades e interesses. Lembro-me dele dizendo que Paul Allen, quem conheceu na época, trabalharia no gerenciamento da rede elétrica por ele criada.
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Como vocês, pais, sentirão-se quando souberam que ele sairia de Harvard?
Bill Gates Sr.: Não posso dizer que não ficamos preocupados, mas eu, particularmente, nunca interferi muito nas decisões dele. William tinha suas próprias ideias e objetivos. O negócio sobre computadores que surgiu com Paul Allen exigiu bastante deles. Abandonar a faculdade não era o que imaginávamos, mas Bill parecia saber o que estava fazendo.
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Você desempenha um papel fundamental na filantropia de Bill Gates. Qual o papel dela em sua vida?
Bill Gates Sr.: Minha saudosa mulher, Mary, mãe de William, era cristã e não deixava de citar o livro de Lucas: “A quem muito é dado, muito é esperado”. Desde o início, ela implantou a generosidade como um dos valores essenciais de nossa família.
Quando a Microsoft cresceu, William passou a receber muitas cartas de organizações sem fins lucrativos de Seattle com pedidos de caridade. Na época, porém, tudo ainda era um pouco instável, demandava muito dele. A dedicação à filantropia, portanto, era um plano para quando ele se aposentasse. Isso mudou quando Mary morreu de câncer, em 1994, e eu me aposentei do escritório de advocacia.
Um pouco depois, enquanto estávamos esperando para ver um filme no cinema, sugeri a Bill e a Melinda que poderia ajudar nas atividades beneficentes. Pensei que isso pudesse ser divertido e fácil para um aposentado. Uma semana mais tarde, William disse: “Pai, estabelecemos a quantia de US$ 100 milhões para as doações”. Eu fiquei atordoado de tão encantado. Não muito tempo depois enviei o primeiro cheque: US$ 80 mil para um programa local de luta contra o câncer.
Que tipo de criança era Bill Gates?
Bill Gates Sr.: William sempre foi muito interessado por livros. Os assuntos que mais faziam seu olho brilhar envolviam ficção científica. Era um leitor tão ávido que tivemos de impor regras para que houvessem intervalos. Livros eram proibidos na mesa de jantar, por exemplo.