A Bolsa brasileira fechou novamente no vermelho nesta quarta-feira (30), com queda de 0,41%, a 126.801 pontos. O resultado leva o acumulado do mês a uma alta de 0,45%, apesar do fraco desempenho dos últimos dias. No acumulado do ano, o Ibovespa mostra elevação de 6,5%.
Os índices de desemprego divulgados nesta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pesaram no pregão. Segundo os dados, o país tem atualmente 14,8, milhões de desempregados, o que equivale a uma taxa de desemprego de 14,7% no trimestre encerrado em abril. O resultado, embora negativo, veio em linha com o esperado pelo mercado.
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O debate sobre a proposta de reforma tributária entregue pelo governo à Câmara dos Deputados na sexta-feira (25) continua a afetar o mercado, que reage principalmente à proposta de tributação de dividendos. “Os investidores seguem repercutindo os impactos da reforma tributária nas empresas, em especial nas tradicionais pagadoras de juros sobre capital (JCP)”, diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
O dólar subiu pelo quarto dia consecutivo e ultrapassou a marca dos R$ 5 durante o dia, chegando a R$ 5,025 na máxima da sessão. A cotação foi puxada por uma correção global na moeda e pela realização de lucros depois de um mês inteiro de queda na cotação, que em junho teve a maior baixa mensal de 2021. A divisa norte-americana encerrou o trimestre com a mais forte desvalorização em 12 anos.
O dólar fechou o dia cotado a R$ 4,9758, um aumento de 0,62%. No acumulado do ano, a moeda registra queda de 4,14%. Em junho, o dólar caiu 4,77%, maior perda mensal desde novembro passado (-6,82%).
Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram pequenas altas, fechando o mês com resultados positivos, em grande parte por causa dos papéis das empresas de tecnologia. O otimismo em relação à recuperação econômica, a perspectiva de mais estímulos fiscais e a confiança de que o Fed (banco central norte-americano) continuará a apoiar os mercados de crédito também impulsionaram o valor das ações nos últimos dias.
O índice Dow Jones fechou o dia com alta de +0,61%, a 34.502 pontos. Nasdaq teve queda de 0,17%, a 14.503 pontos. O S&P 500 segue em máxima recorde, com crescimento de 0,13%, a 4.297 pontos.
Também impulsionou o mercado norte-americano os bons resultados do Relatório Nacional de Emprego da ADP, divulgado nesta quarta. Ele apontou a criação de 692.000 empregos no setor privado em maio. Os dados foram revisados para baixo, registrando a geração de 886 mil vagas, em vez das 978 mil inicialmente relatadas. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 600 mil postos de trabalho.
No acumulado de junho, o S&P 500 teve alta de 2,12%, e no acumulado do ano, 14,41%. Nasdaq cresceu 5,43% neste mês, e 12,54% em 2021. Dow Jones registrou queda de 0,28% em junho, resultado que não comprometeu o saldo do acumulado do ano, que teve crescimento de 12,73%.
As ações europeias fecharam em queda nesta quarta-feira, com os investidores consolidando ganhos após uma sequência de cinco meses de altas. Temores sobre um eventual aumento da inflação e a variante Delta do coronavírus também desaceleraram o mercado nos últimos dias.
O FTSEurofirst 300 caiu 0,79%, a 1.749 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,77%, a 453 pontos.
No entanto, no acumulado de junho, o STOXX 600 teve alta de 1,4%, o quinto mês consecutivo de ganhos. O índice acumula crescimento de 14,4% este ano.
Os preços do petróleo avançaram após os estoques dos EUA recuarem pela sexta semana consecutiva. Um relatório da Opep divulgado nesta quarta prevê um suprimento insuficiente ao mercado este ano, o que pressionou ainda mais os preços.
O contrato do petróleo Brent para agosto, que expira nesta quarta, fechou em alta de US$ 0,37, ou 0,5%, a US$ 75,13 o barril. O contrato para setembro avançou US$ 0,34 para fechar em US$ 74,62 o barril.
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