Pré-mercado: chegou o dia da inflação

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Bom dia. Estamos na quarta-feira, 10 de abril.

Cenários

Esta quarta-feira (9) será um dia fundamental para os mercados no Brasil e nos Estados Unidos devido à divulgação dos índices de inflação. Por aqui será divulgado o IPCA de março. A projeção é de uma desaceleração para 0,25% ante os 0,83% de fevereiro. No acumulado em 12 meses, o prognóstico é de uma desaceleração para 4,01%, ante os 4,50% nos 12 meses anteriores.

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Já nos Estados Unidos, o que movimenta as atenções é o Consumer Price Index (CPI) de março. A expectativa é de queda para 0,3% ante os 0,4% de fevereiro, tanto no índice geral quanto no núcleo, que exclui os preços mais voláteis dos alimentos, combustíveis e energia.

No acumulado em 12 meses, as estimativas variam. A projeção para o núcleo é de desaceleração para 3,7% ante os 3,8% de fevereiro. No índice geral, a previsão é de alta para 3,4% em março, ante os 3,2% de fevereiro.

Perspectivas

Por que esses números são tão importantes? Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os banqueiros centrais vêm confessando sua dificuldade em prever o que vai acontecer com a economia, e assim traçar uma estratégia para os juros. Daí Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano, vir repetindo à exaustão desde o início de 2024 que a política monetária está dependendo dos dados.

Por esse mesmo motivo, a Ata da reunião mais recente do Copom, realizada em março, trouxe “guidance” apenas para a reunião de maio (corte de 0,50 ponto percentual na Selic), sem se comprometer com movimentos futuros.

Há várias similaridades no Brasil e nos Estados Unidos. Tanto lá quanto cá a atividade econômica tem mostrado sinais de vigor. Mesmo assim, os preços não têm subido demais. Inicialmente é difícil concluir se isso é algo que veio para ficar. Por exemplo, um novo salto de produtividade devido à popularização do trabalho remoto. Ou se é uma conjunção passageira, que pode se dissipar a qualquer momento e voltar a pressionar os índices de inflação.