A colheita de soja do Rio Grande do Sul está “tecnicamente concluída”, informou a Emater nesta quinta-feira, citando ainda que somente nas regiões Sul e Campanha os produtores ainda exploram lavouras tardias na tentativa de obter grãos que estejam “minimamente em condições comerciais”.
A fase final da colheita de soja do Rio Grande do Sul foi atingida pelas enchentes, e o Estado perdeu mais de 2,7 milhões de toneladas da oleaginosa, segundo cálculos da Emater. Parte do que restou nos campos também teve qualidade afetada.
“Mesmo nessas regiões (Sul e Campanha), as unidades de beneficiamento e armazenagem estão relutantes em receber o produto, exceto sob condições especiais de preço e qualidade mínima”, acrescentou.
“A baixa qualidade dos grãos continua a afetar significativamente o valor pago aos produtores”, disse, citando os descontos pela piora da qualidade do produto pelas chuvas.
A Emater reduziu no início do mês sua estimativa de colheita da oleaginosa no Estado para 19,53 milhões de toneladas, ante 22,24 milhões de toneladas estimadas em março.
A empresa de assistência técnica ligada ao governo gaúcho afirmou que, nas áreas de pós-colheita, “há presença de plantas espontâneas de soja com alta incidência de doenças”.
“Em lavouras onde será semeada a cultura do trigo, as plantas remanescentes estão sendo eliminadas”, acrescentou.
Segundo a Emater, a ocorrência de chuvas a partir do dia 15, em volumes moderados, na maior parte do Estado, facilitou o processo de emergência das lavouras recém-semeadas.
“No entanto, em algumas regiões, a ocorrência de precipitações, em volumes maiores, provocou danos por erosão em lavouras recém-plantadas”, destacou.
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De maneira geral, as áreas de trigo plantadas apresentam bom estabelecimento e desenvolvimento vegetativo satisfatório, segundo a Emater.
O Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de trigo e soja do Brasil.