O Ibovespa fechou em alta de 0,83% nesta quinta-feira (08), favorecido pelo viés positivo vindo de de Wall Street. Com a retomada das bolsas de Nova York, o índice S&P 500 teve a maior alta desde 2022.
Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou aos 128.573,03 pontos, no maior patamar em três semanas. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa foi aos 128.792,99 pontos na máxima e, na mínima, mostrou estabilidade, aos 127.515,17 pontos.
Portanto, a bolsa local no operou no terreno negativo hoje. O volume financeiro somou R$ 18,32 bilhões antes dos ajustes finais.
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A sessão foi marcada pela repercussão de uma série de balanços corporativos. Entre eles, o de Embraer (EMBR3), que ficou acima do esperado, fazendo a ação disparar 9%. Os papéis das Casas Bahia (BHIA3) dispararam quase 25%. Já Banco do Brasil (BBAS3) teve ligeira baixa de 0,72%, com o mercado preocupado com a piora da inadimplência em carteiras do setor de agronegócio e empresas. Investidores ainda aguardam uma série de resultados trimestrais após o encerramento do pregão na B3, incluindo os números de Petrobras.
Dada afasta temor de recessão
Para Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, o mercado vinha desanimado, principalmente, após o temor de recessão nos EUA. Entretanto, hoje o otimismo voltou aos negócios, após a divulgação dos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos Estados Unidos, que ficaram abaixo do esperado. “Foram números bem melhores em relação a um indicador que nem é tão importante, que raramente mexe com o mercado. Mas hoje mexeu bem, pois acaba espantando o receio de uma recessão nos EUA”, afirma.
No cenário nacional, o mercado aguarda a divulgação da inflação ao consumidor, medida pelo IPCA, nesta sexta-feira (09). Para Cohen, esse é um dado que pode vir a causar um estresse no mercado doméstico.
“A princípio, sabemos que tem aquele fantasma dos juros [Selic] poderem sim subir até o fim do ano, algo totalmente improvável meses atrás. Mas de fato a inflação preocupa e o Banco Central vai continuar atuando para buscar a meta, diz o analista.
Já o dólar cedeu ante o real pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira (08). A moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 5,60, em mais uma sessão marcada pela busca global por ativos de maior risco, após dados do mercado de trabalho norte-americano reduzirem os temores de uma recessão nos EUA no curto prazo.
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A moeda norte-americana fechou o dia em queda de 0,89%, cotado a R$ 5,5737. Esta é a menor cotação de fechamento desde 23 de julho, quando atingiu R$ 5,5665. Desde terça-feira a moeda norte-americana à vista acumulou baixa de 2,92%. Na segunda-feira, os receios de que os EUA possam estar a caminho de uma recessão fizeram o dólar chegar a ser cotado a R$ 5,86.
(*Com Reuters)