Eleita uma das Mulheres Mais Poderosas do Brasil em 2019, Viveka Kaitila, presidente e CEO da Genereal Electric Brasil, fala sobre a importância da diversidade para trazer mais valor para a empresa, com melhora nos resultados e na criatividade da companhia. Ela fala ainda sobre o desafio de conciliar a vida pessoal com a profissional e afirma que não acredita em rotular diferenças entre líderes homens e mulheres.
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Finlandesa e no Brasil, desde os 4 anos , Viveka, aos 21, após estudar nos EUA, ficou sozinha no país. “Percebi que até então vivia numa bolha. Fui criada como finlandesa, fiz colégio britânico em São Paulo e uma universidade americana. Pouco conhecia da cultura brasileira. Isso só mudou quando fiquei sem minha família aqui e me casei.” A executiva conseguiu seu primeiro emprego no Unibanco e dois anos depois ficou grávida de seu único filho, que nasceu quando ela fazia pós-graduação. “Sem família para ajudar, decidi sair do trabalho e me dedicar ao meu filho pequeno.”
Um ano e meio depois regressou ao trabalho, dessa vez para o Bank of America. “A forma com que consegui esse emprego me marcou. Vi o anúncio para uma vaga temporária de 90 dias. Liguei para tentar fazer a entrevista e soube que a vaga estava sendo fechada, porque já haviam identificado uma pessoa para ela.” Foi então que Viveka, como ela mesma conta, fez algo que nunca tinha feito. Disse a eles que achava que faria sentido a entrevistarem. E lhe deram a chance. Após um mês e meio de empresa, foi contratada para uma vaga fixa. “Aprendi com isso que a gente tem de ter coragem de ir atrás do que quer.”
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A mudança para a GE veio por um headhunter. A proposta era liderar a estratégia e a execução na América do Sul de uma área dentro da GE Capital, então o braço financeiro da empresa. “Entrei na empresa em outubro de 1997, quando havia poucas mulheres. Nas minhas boas-vindas, perguntaram se eu era a professora de inglês. Fui a primeira mulher líder na GE Capital, as únicas que havia lá eram assistentes. Existe esse preconceito, mas nunca senti nenhuma restrição. Tento não criar barreiras para mim mesma.”
Em maio de 2017, virou a presidente e CEO da companhia. “A gente sabe quais são nossos medos, nossas deficiências, onde temos que nos desenvolver. Fiquei com frio na barriga, mas aceitei.”
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