Há um par de meses, o mundo avançava e parecia seguir seu curso, mesmo com o caminhar para um crescimento mais lento. No entanto, na China, nascia um forte adversário para desencadear uma guerra global silenciosa, com obstáculos cruelmente invisíveis.
Os tempos difíceis provocados pela COVID-19 anteciparam um ciclo econômico recessivo, que é comum de tempos em tempos nas economias. De repente, as autoridades tiveram de optar entre salvar vidas ou empregos. As fronteiras se fecharam, praticamente todos se voltaram às suas casas, e o consumo mudou seu status quo para: “somente necessidades básicas”.
Existe economia sem compras?
Todos estamos diante do desconhecido, mas o que as empresas podem fazer para mitigar ao máximo seus prejuízos ?
Essa pergunta é respondida por um tubarão no mundo dos negócios: Camila Farani, integrante do reality show “Shark Tank Brasil”, top Voice do Linkedln e sócia-fundadora da G2 Capital, uma boutique de investimentos em empresas de tecnologia e startups.
Camila tem faro para oportunidades e já ganhou duas vezes o prêmio de melhor investidora-anjo do país. Visionária, ela afirma que há na crise um convite para uma revisita aos modelos de negócios atuais e que a tecnologia não pode mais deixar de fazer parte do ambiente de um negócio.
Para essa mulher que aprendeu a ficar confortável dentro do risco, o momento agora é de ter um olhar atento à pirâmide das necessidades de Maslow, um conceito criado na década de 50 pelo psicólogo norte americano Abraham H. Maslow. Seu objetivo é determinar o conjunto de condições necessárias para que um indivíduo alcance a satisfação, seja ela pessoal ou profissional.
O modelo define cinco categorias de necessidades humanas: fisiológicas, segurança, afeto, estima e as de autorrealização. Esta teoria é representada por uma pirâmide onde na base se encontram as necessidades mais básicas, pois estão diretamente relacionadas à sobrevivência. Segundo Maslow, um indivíduo só sente o desejo de satisfazer a necessidade de um próximo estágio da pirâmide se as do nível anterior estiverem sanadas, portanto, a motivação para realizar esses desejos vem de forma gradual.
Ao utilizar desse princípio, Camilia afirma que o empresário consegue saber para onde seu cliente vai e ser mais específico no enquadramento ou adaptação do seu modelo de negócio no cenário atual. Além disso, para a empresária, há ainda três aspectos fundamentais para a resolução do problema do consumidor: conveniência, comodidade e eficiência. Se um produto atende a essas características, as chances de sucesso do negócio sobem consideravelmente.
Camila traz ainda para a pauta questões psicológicas de todo empresário: não entrar em pânico e se sobressair nas adversidades é decisivo para a manutenção de uma empresa em um cenário pessimista. É preciso manter atitudes positivas e proatividade. É momento de estar intimamente ligado à gestão e saber qual o centro custo estratégico será mantido ou eliminado. Agora é momento de seguir o dinheiro e de não se deixar afetar com o imponderável.
Líder do movimento na internet “Desistir Não é uma Opção” #desistirnãoéumaopção, Camila faz subjetivamente um convite aos empresários: não parem, voltem para mar e lutem com os tubarões. Como diz Gerhard Gschwandther, autor de “Aprendendo com o Sucesso”, “a economia pode esvaziar nossos bolsos, mas não pode esvaziar nossos espíritos”.
Assista abaixo à entrevista com Camila Farani:
Francine Mendes é educadora financeira para mulheres, economista pela Universidade Federal de Santa Catarina, com mestrado em psicanálise do consumo pela Universidade Kennedy. Apresentadora do canal Mary Poupe, no YouTube, e comunicadora na RiCTV Record.
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