Apesar de a crise econômica estar dando sinais de recuperação, jovens e seus pais não parecem estar seguros sobre o que acontecerá quando se formarem na faculdade. Uma pesquisa da consultoria Upromise, realizada com norte-americanos, mostrou que aproximadamente 65% dos pais esperam que tenham de sustentar seus filhos por até cinco anos após a formatura. E o número que acredita que terá de dar dinheiro por mais de dois anos dobrou desde 2014.
Os filhos também são pessimistas e concordam com seus pais: 68% desses acham que depois da escola terão de ser bancados por eles. O presidente da Upromise by Sallie Mae, Erin Condon, declarou estar feliz em ver que pais e filhos estão alinhados em suas opiniões. Condon explicou que o resultado da pesquisa não significa que os jovens são irresponsáveis financeiramente. “Eles apenas tem uma visão mais realista de como as coisas são.”
Com a visão mais pé no chão apenas 25% dos pais esperam que seus filhos tenham um trabalho na área que querem assim que se graduarem. Já entre os alunos, 1 a cada dez acreditam que terão que esperar pelo menos dois anos depois da formatura para conseguirem um emprego. “Eles precisarão de suporte dos pais por alguns anos até darem o primeiro passo na carreira”, explica Condon.
A boa notícia é que quase metade dos estudantes está disposto a pagar aluguel aos seus pais se tiverem que voltar para casa depois da faculdade. O número é bastante significativo, dado o fato de que 45% dos estudantes continuam morando com os pais. Só 5% declararam que não deixariam os filhos voltarem para casa quando formados.
A incerteza do mercado de trabalho, especialmente por causa da crise, tornam os empréstimos para esses jovens problemáticos. De acordo com o Institute for College Access and Success, a média de dívidas dos alunos recém-formados é de US$ 28.000, o que diminui a possibilidade de eles pagarem aluguem ou seguro do carro. Assim, é mais provável que eles terão que morar com os pais.
Para evitar esse tipo de dívidas, é necessário planejar melhor como as famílias pagarão a universidade. Conor recomenda que as famílias comecem a pensar no assunto quando os filhos estiverem no fim do Ensino Fundamental II. Os pais devem discutir quanto dinheiro deverá ser dedicado a cada uma das universidades que estão considerando para os filhos e quanto precisarão pegar emprestado em casa uma.
É importante que os filhos sejam inseridos do processo, afinal, poucos jovens de 18 anos tem ideia do que é ter uma dívida de US$ 50.000. “Encorajamos que os jovens aprendam a ser independentes financeiramente o mais cedo possível.”