Um momento muito comum em filmes é a passagem de responsabilidade de um personagem para o outro. Como um ritual, isso acontece em obras de todos os gêneros e, geralmente, são determinantes para a história. Mas onde isso se aplica ao dia a dia? Seja como um pai que passa o bastão do seu império ao filho (“O Poderoso Chefão”, 1972) ou como um mestre que transfere suas técnicas ao aprendiz (“Karatê Kid”,1984), um gestor tem de saber delegar funções.
Na vida real, situações deste tipo são difíceis por três motivos: a pessoa está na zona de conforto e tem medo de que os outros não façam a tarefa tão bem; tem medo de perder essa responsabilidade e se sentir incompleta; fica assustada com a possibilidade de não ter mais o que fazer. Um líder que não repassa atividades por algum desses motivos precisa entender a necessidade de dividir tarefas.
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Ter medo de delegar funções é o principal motivo de os chefes não dividirem tantas tarefas quanto deveriam. Uma tarefa delegada no passado que foi mal executada pode traumatizar um gestor, o que é outra cena comum em vários filmes.
Para evitar que haja uma decepção, há alguns procedimentos que podem ser tomados, como preparar bem seus funcionários. Quando se define que é preciso dar uma tarefa a alguém, é necessário treinar o escolhido para a autonomia e as novas responsabilidades que ele receberá. Mas se lembre de que você não é o Sr. Miyagi: sua responsabilidade não é ensinar passo a passo, apenas introduzir a ideia de como será a nova fase. Definir a autonomia que o funcionário terá é, também, mudar a supervisão do trabalho dele.
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É importante que o suporte seja mútuo e que as duas partes se deem feedback sobre o processo de transferência de responsabilidade. Ao mesmo tempo, é preciso dar autonomia ao seu funcionário para que ele consiga fazer seu novo papel com o mínimo de intervenções.
Assim como se vê em tantos filmes, uma delegação de tarefas efetiva é a melhor maneira de dividir poder e autoridade. No mundo do cinema, ter sucesso ao dividir funções significa conseguir derrotar os vilões e sair vitorioso, como no megassucesso “Os Vingadores”(2012). Já no ambiente de trabalho, quer dizer aumentar os níveis de competência, que é proporcional ao nível de autonomia que seus funcionários têm. Eles se tornam mais independentes e capazes, e o chefe fica mais livre para tocar projetos novos, além de passar a ser conhecido como alguém que ajuda a desenvolver o potencial dos outros. Quando o chefe sabe delegar funções, todos saem ganhando.