Amy Cuddy, psicóloga da Harvard Business School, tem estudado as primeiras impressões por mais de uma década. Ela e seus colegas descobriram que fazemos rápidos julgamentos sobre outras pessoas que respondem duas questões primárias: se podemos confiar nelas e quais são suas capacidades.
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De acordo com os levantamentos da especialista, de 80% a 90% de uma primeira impressão têm como base essas duas questões. Inconscientemente, você e as pessoas que conhece se perguntam: “Posso confiar em suas boas intenções em relação a mim?” e “Ela é competente?”.
Nós deduzimos, frequentemente, que a competência é o fator mais importante e as pessoas têm a tendência de enfatizar isso quando conhecem alguém. Entretanto, a pesquisa de Amy mostra que a confiança é mais relevante. Para sua competência importar, as pessoas precisam primeiro confiar em você. Se não existe confiança, as pessoas vão, na verdade, entender a sua competência como algo negativo. “Uma pessoa cordial e confiável que também seja forte gera admiração, mas apenas depois que conquistar confiança sua força se tornará um presente e não uma ameaça”, afirma Amy.
Considerando que leva alguns segundos para alguém decidir se você é confiável e competente, e o fato de pesquisas mostrarem que primeiras impressões são muito difíceis de serem alteradas, a pressão gerada quando conhecemos pessoas é justificadamente intensa.
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“Se alguém que você está tentando influenciar não confia em você, não dá pra ir muito longe. Na realidade, você pode até mesmo provocar desconfiança e passar a impressão de ser manipulador”, conclui Amy.
Uma vez que reconhecer que a importância da confiança está acima da competência, você pode assumir o controle das primeiras impressões que transmite.
Veja 6 dicas para causar uma boa primeira impressão:
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iStock 1. Deixe a pessoa que você está conhecendo falar primeiro
Deixe a pessoa guiar a conversa – você sempre pode fazer boas perguntas para ajudar. Tomar a palavra desde o começo mostra dominância e isso não ajudará a construir confiança. Assim como a cordialidade, ela só é criada quando as pessoas se sentem compreendidas e elas precisam dividir informações para isso funcionar.
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iStock 2. Utilize uma linguagem corporal positiva
Ter consciência de seus gestos, expressões e tom de voz e se certificar de que eles estão sendo utilizados positivamente vai atrair as pessoas. Utilizar um tom entusiasmado, descruzar os braços, manter o contato visual e se inclinar na direção de quem fala são formas positivas de linguagem corporal, que podem fazer toda a diferença.
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iStock 3. Deixe seu telefone de lado
É impossível construir confiança e monitorar seu celular ao mesmo tempo. Nada desanima mais as pessoas do que uma mensagem no meio da conversa ou uma rápida checada no celular. Quando você se compromete com uma conversa, foque toda sua energia nela. Você vai perceber que as interações são mais agradáveis e eficazes quando você está imerso no assunto.
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iStock 4. Reserve um tempo para conversas informais
Isso pode soar como algo comum, mas pesquisas mostram que começar reuniões com apenas cinco minutos de conversas sobre amenidades gera melhores resultados. Muitos construtores de confiança, como conversas informais, podem parecer um desperdício de tempo para as pessoas que não entendem seus propósitos.
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iStock 5. Pratique o ato de ouvir
Uma escuta ativa significa se concentrar no que a outra pessoa está falando, em vez de planejar o que você vai dizer em seguida. Fazer perguntas perspicazes é uma ótima maneira de ilustrar que está realmente prestando atenção. Se você não for demonstrar interesse, não deveria falar. Pensar no que vai dizer não apenas tira a sua atenção de quem está falando, como mostra que você pensa que tem algo mais importante para dizer do que ela. Isso significa que você não deveria se envolver com soluções para os problemas de quem fala. Faz parte da natureza humana querer ajudar as pessoas, mas o que muitos não percebem é que quando nos envolvemos com um conselho ou solução, estamos calando a outra pessoa e destruindo sua confiança. É simplesmente uma maneira mais socialmente aceitável de dizer: “Tudo bem, eu entendi. Você pode parar agora”. O efeito é o mesmo.
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iStock 6. Faça seu dever de casa
As pessoas amam quando você conhece coisas sobre elas que não precisaram compartilhar. Não questões esquisitas, mas fatos simples que você reservou um tempo para aprender na página do LinkedIn ou no site da empresa. Isso talvez não funcione para encontros casuais, mas é crucial em um primeiro encontro planejado, como uma entrevista de emprego ou uma reunião com um potencial cliente. Descubra o que puder sobre as pessoas que vai conhecer e suas empresas. Isso demonstra competência e credibilidade, já que destaca sua iniciativa e responsabilidade.
1. Deixe a pessoa que você está conhecendo falar primeiro
Deixe a pessoa guiar a conversa – você sempre pode fazer boas perguntas para ajudar. Tomar a palavra desde o começo mostra dominância e isso não ajudará a construir confiança. Assim como a cordialidade, ela só é criada quando as pessoas se sentem compreendidas e elas precisam dividir informações para isso funcionar.
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