Negar o pedido do chefe não é uma tarefa fácil, demanda cuidado com as palavras e boa argumentação – entrar demais em motivos pessoais, por exemplo, não é uma boa saída. Ainda mais se o pedido for para trabalhar por mais tempo, cobrir um colega ou fazer horas extras nos finais de semana.
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Além do desgaste causado pelas longas jornadas – que podem acarretar queda no desempenho, em função da fadiga física, mental e psicológica – existe um ponto negativo a mais para as empresas: horas extras exigem, nos casos dos contratos regidos pela CLT, acréscimo de 50% no valor base da hora de trabalho, mais encargos trabalhistas. Quando o método de controle sobre o excedente trabalhado é por meio do banco de horas, o problema consiste, muitas vezes, em prejuízo para o trabalhador, que acaba não utilizando as horas a que tem direito nem recebendo financeiramente por elas.
Diante do pedido de um superior para esticar um pouco mais o horário, ou até fazer uma jornada extra em um dia de folga, uma boa saída é sempre o diálogo cordial. Sem entrar demais em detalhes sobre seus planos pessoais, apenas diga que tem compromisso e, para compensar a recusa, disponha-se a resolver o que for necessário em seu próximo dia útil.
Pedidos frequentes para fazer horas extras são características de problemas de gestão, que podem ser quadro reduzido de funcionários ou até má administração do tempo e das tarefas prioritárias. Submeter-se a muitas horas extras não fará com que o trabalho diminua no dia seguinte, apenas dará a falsa impressão de que o funcionário pode absorver mais tarefas – o que não é verdade se as horas estão sendo aumentadas para cumprir a demanda.
Dizer “não” de forma educada e respeitosa não é abdicar do trabalho – é se dar o direito ao descanso e à vida pessoal para que sua motivação e desempenho sejam bons profissionalmente. Não se preocupe: não importa o quanto você trabalhe, sempre haverá muito a fazer.