Resumo:
- No trabalho, os colaboradores podem ter dois tipos de personalidade: observador e criador;
- O observador é aquele que olha em direção ao que aconteceu no passado. Ele analisa, comenta e, na maioria das vezes, desempenha o papel de vítima das circunstâncias;
- Já o criador vê tudo a partir de uma perspectiva diferente, buscando construir, inovar em torno de obstáculos ou superá-los e sempre está atento a uma oportunidade para falar, agir e fazer a diferença.
Dentro de todos nós, há dois tipos de personalidades de trabalho. Elas nos rodeiam em casa, na escola e no escritório. Se você é um discípulo da teoria Disc de padrões de comportamento ou da tipologia de Myers-Briggs, provavelmente já está se preparando para dizer quão errado ou pouco sofisticado o autor é.
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No entanto, em vez disso, analise sua própria experiência e veja se nunca observou essas personalidades, seja em si mesmo, na sua equipe e na sua empresa.
Você já passou pela situação de perder uma promoção para outra pessoa? Naturalmente se sentiu bravo, decepcionado e desabafou suas observações com amigos ou até mesmo na internet. Ao fazer isso, você está descrevendo um equívoco que não pode ser corrigido; pelo menos não enquanto apenas fala sobre ele.
Não é segredo que a linguagem é a maneira como processamos o mundo ao nosso redor (seja por intermédio da leitura ou da conversação). É a partir dela que compartilhamos nosso ponto de vista (ou pode ser chamado até mesmo de “visão”) com o mundo e por meio da qual nossa personalidade é refletida. Em palavras, e também em ações, suas intenções são expressas, seu impacto é sentido, e sua carreira se move de acordo.
Quando você simplesmente descarrega sobre o fato, a linguagem que usa é a da observação. Você fala mal do chefe que não te deu a promoção, comenta sobre eventos recentes, mas está alheio ao fato de que a pessoa que está prestes a destruir (seu superior) é, na verdade, quem ainda tem a capacidade de promovê-lo. Isso não aconteceu, mas significa que sua carreira acabou?
Essa resposta pode depender de como continuamos a operar no modo do observador.
Assistir x participar
O observador é o primeiro tipo de personalidade, reconhecido por uma linguagem que olha para trás, em direção ao que aconteceu no passado. Esta categoria vê uma situação, compartilha um comentário e nada mais. Muitas vezes, a história é sobre uma ação de terceiros e, se o observador é um personagem, ele desempenha o papel de vítima das circunstâncias: “Escute o que aconteceu comigo”.
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Você reconhece o observador em seus colegas de trabalho ou em si? Eu sei a minha resposta, e é sim para ambos, porque o observador está em todos nós.
Às vezes, ele é necessário. Se você está pesquisando algo, como um artigo da Forbes, ou reunindo dados importantes da Internet, está observando. No entanto, me parece que ser apenas um observador é sempre uma realização incompleta.
Este tipo de personalidade está assistindo ao jogo, não participando dele. Ele está navegando online, com medo de se sentir excluído e imaginando quando algo espetacular acontecerá.
O que há por trás da porta número 2?
É aí que o outro tipo de personalidade entra para jogar. Esta categoria também está dentro de todos nós, sempre procurando uma oportunidade para falar, agir e fazer a diferença. Qual é este outro perfil? O criador.
Ele aparece quando a pessoa que perdeu a promoção desacelera um pouco e percebe que trabalhar com um coach, como sugerido pelo chefe, pode não ser um castigo, e sim uma oportunidade. Além disso, ela compreende que pode criar um plano a fim de se posicionar para uma promoção similar ou então constata seu poder de encontrar um chefe melhor em outra empresa.
O criador nunca é a vítima da história, mas pode ser o escritor dela. O dono desta personalidade está pronto para ver tudo de uma maneira nova, construir algo, inovar em torno de obstáculos ou então superá-los. O criador fala sobre ação, pede compromisso e busca ativamente um acordo.
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O observador observa as coisas acontecerem, enquanto o criador faz acontecer.
O observador está percebendo grandes erros, já o criador está pretendendo cometer alguns.
Em todas as situações, no local de trabalho, em casa ou nos relacionamentos, escolhemos comentar ou agir e decidimos, momento a momento, qual personalidade se encaixa melhor. A transição do observador para o criador nunca está a mais de um pensamento de distância.
Para cada ação, você escolhe sua reação
Coisas ruins acontecem na vida, mas a boa notícia é que você decide como reage.
Mesmo os defensores fiéis do teste de personalidade de Myers-Briggs dirão que há momentos nos quais as pessoas desafiam os tipos. Histórias de introvertidos que trabalham em uma sala cheia de estranhos (e não sentem suas cabeças prestes a explodir) estão por toda parte. Os ativos, às vezes, podem ser preguiçosos, e os incentivadores também se sentem tristes.
Os tipos de personalidade, em muitos aspectos, representam preferências (nossa maneira preferida de fazer as coisas), e isso vale também para observadores e criadores, uma vez que ambos os tipos vivem dentro de todos nós.
Para as duas variações de personalidades no local de trabalho, você não está preso a uma ou outra. Estamos perto do fim do texto, portanto, deixe-me fazer uma rápida pergunta existencial: quando você pensa a respeito do propósito neste planeta, acredita que está aqui para observar ou criar?
Essa escolha pode ser apenas a sua próxima criação.
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