Na última semana, o LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo, anunciou o lançamento do recurso Stories no Brasil. O país, que acumula 40 milhões de usuários, é o primeiro do mundo a testar a funcionalidade, que permite o compartilhamento de fotos e vídeos de até 20 segundos, além da inserção de textos e figurinhas.
“O Brasil é o terceiro maior produtor de conteúdo em vídeo na plataforma. Testar o LinkedIn Stories no Brasil também leva em conta a nossa mundialmente famosa criatividade e é uma maneira para dar e receber ajuda nas nossas comunidades profissionais”, afirma Rafael Kato, editor-chefe do LinkedIn na América Latina. “Nesse momento desafiador para todos, o LinkedIn Stories é uma nova ferramenta para unir profissionais, trazer informações em tempo real e fazer com que todos se ajudem com ideias e experiências compartilhadas.”
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Mas será que as pessoas estão realmente sabendo usar a plataforma em tempos de home office? Mudou alguma coisa no comportamento dos usuários durante o isolamento social? FORBES conversou com o estrategista britânico de marketing e coach de LinkedIn Al Tepper para saber se ele notou diferenças antes e durante a crise causada pela Covid-19.
Além de apontar três erros que as pessoas estão cometendo ao usar a rede social nas últimas semanas – descritos na galeria abaixo –, o especialista também falou sobre o aumento expressivo das lives e como melhorar o engajamento. “A chave é fornecer valor ao mercado no qual a empresa está inserida e ele precisa estar claro. Se a sua live não foi bem, a culpa não é dos espectadores. Analise e veja se o que está transmitindo tem realmente valor e, em caso positivo, se ele está sendo comunicado com clareza. As pessoas estão mais ávidas para aprender e crescer do que nunca. Facilite a vida delas”, diz.
Ao ser questionado sobre como manter a visibilidade em tempos de crise – e até gerar receita – Tepper diz que há três coisas que não podem sair de vista: publicação, serviço e relevância. E cita o “Manifesto Cluetrain”, escrito em 1999 por Rick Levine, uma espécie de documento que afirmava que o mundo nunca mais seria o mesmo depois da internet. E seus signatários já entendiam, naquela época, que a web mudaria o mercado e a sociedade. “Assim como a obra previu, a base dos mercados passa pela comunicação. Estejam as pessoas buscando clientes, pares, investidores, consultores ou influenciadores, elas precisam inundar o mercado de valor. A visibilidade atrai os olhos. A credibilidade traz atenção. E as duas coisas combinadas levam ao potencial que uma rede como essa pode ter.”
Veja, na galeria de fotos abaixo, os 3 erros que as pessoas estão cometendo ao usar o LinkedIn nas últimas semanas:
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iStock Usar o LinkedIn como se fosse o Facebook
A crise deixou as pessoas mais emotivas, mais sensíveis. E isso acaba se refletindo nas postagens. Na tentativa de parecerem autênticas, elas terminam confundindo o propósito das redes sociais. Os profissionais choram durante uma reunião de trabalho? Não. Passam o tempo todo reclamando de alguma coisa? Também não. Agora é o momento de parecer mais profissional do que nunca. Humanizar os relacionamentos não significa ser antiprofissional.
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Reprodução/Forbes Enviar mensagens desesperadas ou como se fossem spams
Prever se um convite para uma conexão vai acabar se transformando em uma oferta comercial se tornou quase um esporte. E isso aumentou drasticamente à medida que o home office elevou o desespero comercial das pessoas, impedidas de se encontrarem fisicamente em reuniões. Você se comportaria assim em uma situação normal ou cara a cara? A pandemia não significa que você terá mais sucesso sendo insistente ou enviando convites como se fossem spams. Esse comportamento pode ter o efeito contrário quando a crise ficar para trás.
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NurPhoto/Getty Images Postar conteúdos irrelevantes
Os antigos conselhos sobre a frequência das postagens, que, aliás, nunca fizeram muito sentido, estão mais longe ainda da realidade. Se o conteúdo for sólido, todo mundo pode ser uma referência – e esta é a hora certa. Os mercados estão ávidos por informação e liderança consistentes. Não há máximo ou mínimo de posts quando eles são relevantes.
Usar o LinkedIn como se fosse o Facebook
A crise deixou as pessoas mais emotivas, mais sensíveis. E isso acaba se refletindo nas postagens. Na tentativa de parecerem autênticas, elas terminam confundindo o propósito das redes sociais. Os profissionais choram durante uma reunião de trabalho? Não. Passam o tempo todo reclamando de alguma coisa? Também não. Agora é o momento de parecer mais profissional do que nunca. Humanizar os relacionamentos não significa ser antiprofissional.
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