O compartilhamento de informações pela internet desencadeou uma nova área para as empresas. Os líderes tiveram de começar a trabalhar com habilidades diferentes por alguns anos, mas em 2020 isso foi além e criou uma demanda definitiva para que essa mudança aconteça ou fracasse. Agora acrescente os eventos inesperados e voláteis deste ano e definitivamente não estaremos mais no Kansas, Totó— como a Dorothy de “O Mágico de Oz” diria.
O desafio é menos sobre como aprender algo completamente novo e mais sobre como os líderes podem se dar permissão de abraçar uma maneira diferente de liderar. Isso requer deixar de lado o jeito como as coisas eram e nos abrir para aspectos da liderança e do ser humano que fomos treinados a evitar a todo custo. Esses novos aspectos incluem uma combinação de habilidades tangíveis e novas mentalidades.
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Primeiro, leve em consideração essas habilidades tangíveis na hora de liderar:
Imagine o futuro: a imaginação não é só para as crianças. Em algum momento de nossas vidas nos disseram que sonhar acordados e devanear em ideias não convencionais era um ato de imaturidade. À medida que crescemos, fomos condicionados a controlar o mundo ao invés de inventar coisas melhores. Mas, em um mundo onde a inovação é a força vital de qualquer empresa, essa é claramente uma forma falha de se pensar.
E também, lembre-se de que imaginar o futuro é diferente de simplesmente pensar nos problemas que você resolverá no futuro próximo. Isso é apenas avaliar o presente e montar uma lista de coisas a fazer com prazos. Não é o mesmo que criar algo que ainda não existe. A imaginação começa com um desejo. O que você quer? Comece a trabalhar essa parte do cérebro perguntando a si mesmo o que você quer fazer todas as manhãs. Não coloque limitações. Deixe seu cérebro fantasiar sobre tudo o que gostaria de experimentar. Você não precisa contar para ninguém. Veja quanto tempo pode gastar criando genuinamente suas experiências e ideais, antes de passar para a avaliação de limitações e solução de problemas.
Abrace a mudança dinâmica: Danielle Bodwitch, consultora da Four Letter Consulting, uma grande empresa de consultoria americana, diz que “a mudança não é mais feita em silos. Você tem de trabalhar em todas as funções, níveis e até mesmo com fornecedores. Ter de ser um líder onisciente que faz tudo é uma expectativa e uma abordagem nada saudáveis para todos os envolvidos”. Bodwitch explica que a boa notícia é que todo mundo entende que as coisas estão mudando: “Os líderes precisam ser especialistas em esclarecer qual problema realmente precisa ser resolvido, a urgência de resolvê-lo e com quem trabalhar para resolvê-lo”.
Prototipagem rápida: Bowditch continua dizendo que “líderes que podem aprender com o fracasso em uma velocidade acelerada serão capazes de conduzir suas organizações com sucesso e ultrapassar o ritmo do setor”. Isso exige uma grande tolerância de risco e capacidade de viver de acordo com uma mentalidade construtiva. Significa ser capaz de absorver lições de resultados inesperados, erros e falhas e usar isso para conduzir a próxima opção mais aprimorada. Temos de ser capazes de deixar de lado nossos egos e o desejo de ter uma boa aparência por fora. Depois de fazer isso, podemos abrir espaço para a velocidade que as pessoas precisam para aprender com os erros e para aplicar as lições aprendidas.
Valor x controle de custos: Existe uma tendência no orçamento para os líderes se concentrem em economizar tanto dinheiro quanto possível ou gastar o que foi dado a eles para garantir que não percam nenhum dinheiro do orçamento. Mas isso carece de qualquer estratégia real focada no futuro. Saber como usar o orçamento como um recurso que pode ser usado para criar maior valor ajuda os líderes a passar da contagem de grãos para a criação de valor. Onde o dinheiro pode ajudar a criar o reconhecimento ou o engajamento de sua marca? Onde podemos aumentar o valor por meio de melhores eficiências e redução de custos? Isso vem de um foco em criar o que é desejado versus evitar o que não queremos.
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Tomada de decisão em tempo real: Usar dados para mais do que só pesquisar as melhores práticas ou reforçar o que funciona e o que não funciona é outra habilidade crítica necessária para o líder do futuro. Dados bem selecionados e rastreados podem ser usados para ajudar a impulsionar a mudança dinâmica e a prototipagem rápida. “Ser capaz de fazer referência a tendências e temas que estão surgindo é fundamental para os líderes, pois eles fazem ligações difíceis no momento que exigem riscos informados com menos garantia de sucesso do que nunca”, adverte Bowditch.
Navegando pela ambiguidade: A tomada de decisão democrática se tornou a norma. A ideia de que há uma pessoa com poder de tomada de decisão claro e abrangente mudou de um mundo de trabalho focado em conformidade para outro focado em colaboração. A colaboração efetiva está cheia de áreas cinzentas e ambiguidades. Requer um equilíbrio entre “arte e ciência”. Ser capaz de “ler a sala” e avaliar quando ouvir, quando recuar e quando comprometer.
Com isso em mente, veja na galeria a seguir quais são as quatro mentalidades críticas que todos os líderes precisarão começar a abraçar totalmente:
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Thomas Barwick/ GettyImages 1.Humildade
Como mencionado anteriormente, é preciso deixar nossos egos de lado na tomada decisões, ou nunca seremos o tipo de líder que pode evoluir. “É preciso de humildade para aceitar que você não tem todas as respostas. Se sua narrativa é sobre você resolver, consertar ou salvar todos, então você não será capaz de abrir mão do controle necessário para permitir que outros façam parte da solução. A humildade é a anedota para isso”, explica Bowditch. Líderes que podem priorizar a melhor solução em vez de tentar ser a melhor pessoa irão inspirar os outros, promover o comprometimento e preparar todos para fazer o seu melhor trabalho.
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Taiyou Nomachi/ GettyImages 2.Autoestima
O outro lado da moeda é confiar em nossa capacidade de descobrir as coisas, mesmo que não tenhamos ideia do que pode acontecer ou como você pode resolver algo no início das coisas. Essa crença em nós mesmos nos prepara para abrir mão das rédeas, correr riscos e saber quando dar um passo para trás, permitindo que outros assumam a liderança quando necessário. Raramente é nossa necessidade de confiar nos outros tanto quanto é a necessidade de confiar em nós mesmos para lidar com o inesperado.
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pixelfit/ GettyImages 3.Vulnerabilidade
A capacidade de derrubar nossas paredes e pedir ajuda é uma das mais mais importantes. A vontade de admitir o que não sabemos, do que temos medo e contra o que estamos lutando. Esta é definitivamente uma direção diferente do líder onisciente e onipotente. Em vez disso, ela amplia a disposição de permitir que outros contribuam, ajudando-nos, confiando que isso fará com que ambos se sintam melhor com a confiança própria, e o crescimento que advém de trabalhar como uma parceria x relacionamentos unilaterais.
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Phynart Studio/ GettyImages 4. Coragem
Finalmente, os próximos meses exigirão a capacidade de sentir o medo e a ansiedade de não saber o que vem a seguir, mas seguir em frente mesmo assim. Bowditch destaca que, “todos nós fomos preparados para focar no controle, evitar erros a todo custo e não fazer nada que você não possa ser perfeito. É difícil abandonar esse tipo de certeza e ter a confiança de que vamos sempre cair com os pés no chão”.
1.Humildade
Como mencionado anteriormente, é preciso deixar nossos egos de lado na tomada decisões, ou nunca seremos o tipo de líder que pode evoluir. “É preciso de humildade para aceitar que você não tem todas as respostas. Se sua narrativa é sobre você resolver, consertar ou salvar todos, então você não será capaz de abrir mão do controle necessário para permitir que outros façam parte da solução. A humildade é a anedota para isso”, explica Bowditch. Líderes que podem priorizar a melhor solução em vez de tentar ser a melhor pessoa irão inspirar os outros, promover o comprometimento e preparar todos para fazer o seu melhor trabalho.
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